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Noite/Porto: Testemunhas dividem-se sobre autoria de disparo que matou Nuno 'Gaiato'

brunocardoso

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Noite/Porto: Testemunhas dividem-se sobre autoria de disparo que matou Nuno 'Gaiato'



Porto, 21 Jan (Lusa) - Duas das quatro testemunhas que hoje depuseram no julgamento do homicídio de Nuno 'Gaiato' na discoteca El Sonero, a decorrer no Tribunal de São João Novo, Porto, incriminaram Alberto Ferreira ("Berto Maluco") como autor do disparo que matou aquele segurança.

A outras duas sustentaram a tese da acusação - que atribui a autoria do crime a Hugo R. - nomeadamente o depoimento de um inspector da PJ que afirmou que Hugo R. lhe terá confessado "ter estragado a vida, ter perdido o controlo".

A acusação do Ministério Público (MP) imputa ao arguido Hugo R. a responsabilidade pelo homicídio daquele segurança, na noite de 13 de Julho de 2007, mas várias testemunhas acreditam ter sido Alberto Ferreira ("Berto Maluco") - posteriormente assassinado à porta de sua casa - quem matou Nuno 'Gaiato'.

Ricardo F., que frequentava o mesmo ginásio de Nuno e Alberto, contou hoje ao tribunal ter sido contactado por "Berto" na noite do incidente e que este lhe terá referido, por mensagem ou telefonema, que "já tombei o teu amigo".

Dias antes, Alberto Ferreira terá procurado a testemunha em busca de Nuno Gaiato, na sequência das confusões que este teria provocado na discoteca Number One, na qual "Berto" exercia as funções de segurança.

"Vou matá-lo, vou rebentá-lo, tem a mania que é pistoleiro mas vamos ver quem manda em quem", foi o discurso que Alberto terá tido com Ricardo F., segundo os relatos deste último.

Também Manuel C., gerente da cervejaria 'Mostarda', contou ao tribunal que na noite do crime estava com Aurélio Palha (gerente do Chic que viria a ser abatido a tiro a 27 de Agosto de 2007) e que a certa altura este recebeu uma chamada de Berto "Maluco".

"O Aurélio saiu à pressa e disse: 'o Berto já fez m...', relatou a testemunha.

No dia seguinte, Aurélio Palha terá dito a Manuel C. que "o Berto tinha arranjado um problema muito grande".

"Matou uma pessoa, convenceu os outros otários a irem com ele e agora quer convencer o Hugo a assumir", acrescentou.

A confirmar também a tese da acusação esteve Marco S., irmão de Alberto Ferreira, que terá sido procurado por este dias, após o homicídio na El Sonero, contando que "o Hugo puxou de uma arma e disparou".

Dias mais tarde Berto "Maluco" terá voltado a procurar o irmão porque "precisava de esconder a arma que tinha morto o Gaiato".

Posteriormente, Alberto Ferreira terá mesmo contado a Marco que já "tinha desmontado a arma e que a tinha deitado ao rio", relatou a testemunha.

Durante a sessão foi ainda ouvido António Barbarroxa, agente da Polícia Judiciária a quem Hugo R. terá desabafado, depois de ser constituído arguido, que "tinha estragado a vida, tinha perdido o controlo".

Quanto aos restantes dois indivíduos que acompanharam Berto à discoteca El Sonero, na noite de 13 de Julho de 2007, Hugo terá referido ao mesmo agente que "os outros não têm nada a ver com a situação".

Na acusação, concluída a 10 de Outubro do ano passado, a equipa especial liderada pela procuradora Helena Fazenda, do Departamento Central de Investigação e Acção Penal, acusou Hugo R., Vasco C. ("Vasquinho") e José S. ("Timóteo") pelo assassinato de Nuno Gaiato, consumado na discoteca Sonero a 13 de Julho de 2007.

Aos três arguidos são igualmente imputados crimes de coacção agravada, posse ilegal de arma e de estupefacientes.

A investigação do caso concluiu que o homicídio de Gaiato teve um quarto co-responsável, "Berto Maluco", um segurança que acabou abatido a rajadas de metralhadora, junto à sua residência em Santo Ovídio, Gaia, em 10 de Dezembro seguinte.

"Maluco" era também a pessoa que conversava com o dono da discoteca Chic, Aurélio Palha, quando este empresário da noite foi abatido a tiro a partir de uma viatura em andamento, às primeiras horas de 27 de Agosto.

O despacho de acusação refere que foi "Berto" quem tomou a iniciativa de convocar Hugo, "Vasquinho" e "Timóteo" - todos seguranças na discoteca Chic, de Aurélio Palha - para irem à discoteca Sonero com o preciso objectivo de matar Gaiato.

O julgamento prossegue a 26 de Janeiro, pelas 14:00, no Tribunal de São João Novo.

LYL/JGJ.

Fonte:Lusa/fim
 
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