Petróleo em alta com subida das bolsas, queda do dólar e corte de produção saudita
As cotações do crude estão a negociar em terreno positivo, pela segunda sessão consecutiva, impulsionadas pela forte subida dos mercados accionistas, dada a convicção de que as medidas a tomar pelo governo norte-americano para contrariar a crise vão revitalizar a economia. A desvalorização da nota verde face ao euro também está a contribuir para aumentar a atractividade das matérias-primas denominadas em dólares.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte, “benchmark” para a Europa, subia 2,07%, para 45,95 dólares.
O contrato de Março do West Texas Intermediate (WTI), crude de referência para os EUA, seguia a ganhar 1,68%, para 44,28 dólares por barril. O WTI desvalorizou 54% no ano passado, naquela que foi a primeira queda desde 2001 – ano em que perdeu 26% - e a maior de sempre em termos anuais desde que começou a ser negociado em 1983.
As bolsas seguiam a ganhar terreno na Europa – tendo encerrado em forte alta hoje na Ásia e ontem nos EUA – depois de Timothy Geithner, nomeado por Obama para novo secretário do Tesouro, se ter comprometido a intensificar as medidas de revitalização da economia, incluindo a estabilização da banca. Geithner falou em medidas “drásticas”, o que deu alguma confiança aos mercados.
A debilidade da divisa norte-americana, que está a cair face ao euro pela primeira vez em quatro sessões, também está a impulsionar a procura de “commodities”, como o petróleo e o ouro.
“Estamos a ver os preços do crude em território positivo devido a um movimento mais estável dos mercados accionistas”, comentou à Bloomberg um corretor da Bache Commodities, Tony Machacek. “Além disso, há ainda também algum sentimento positivo decorrente do efeito Obama”, acrescentou.
Arábia Saudita corta mais produção
Entretanto, a produção da Arábia Saudita, maior exportador mundial de crude, vai ficar em 300.000 barris por dia abaixo da quota que lhe foi definida pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), anunciou o ministro argelino do Petróleo, Chakib Khelil.
Segundo Khelil, que em Dezembro passou a pasta da presidência do cartel ao seu homólogo angolano, a Arábia Saudita vai proceder à redução antes da reunião da organização, agendada para 15 de Março.
Na semana passada, o ministro saudita do Petróleo, Ali al-Naimi, afirmou que o seu país estava a produzir cerca de oito milhões de barris por dia e que pretendia diminuir a produção no próximo mês para níveis abaixo da quota que lhe foi definida pela OPEP (8,051 milhões de barris diários).
As novas quotas de produção para os membros da OPEP entraram em vigor a 1 de Janeiro, depois de terem sido fixadas na reunião de 17 de Dezembro do cartel, em Oran (Argélia).
O novo plafond global para 11 dos 12 membros da organização (o Iraque não tem quota definida, por estar submetido a um regime definido pela ONU desde que invadiu o Koweit, em Agosto de 1990) foi estabelecido em 24,845 milhões de barris por dia.
Jornal de Negócios
As cotações do crude estão a negociar em terreno positivo, pela segunda sessão consecutiva, impulsionadas pela forte subida dos mercados accionistas, dada a convicção de que as medidas a tomar pelo governo norte-americano para contrariar a crise vão revitalizar a economia. A desvalorização da nota verde face ao euro também está a contribuir para aumentar a atractividade das matérias-primas denominadas em dólares.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte, “benchmark” para a Europa, subia 2,07%, para 45,95 dólares.
O contrato de Março do West Texas Intermediate (WTI), crude de referência para os EUA, seguia a ganhar 1,68%, para 44,28 dólares por barril. O WTI desvalorizou 54% no ano passado, naquela que foi a primeira queda desde 2001 – ano em que perdeu 26% - e a maior de sempre em termos anuais desde que começou a ser negociado em 1983.
As bolsas seguiam a ganhar terreno na Europa – tendo encerrado em forte alta hoje na Ásia e ontem nos EUA – depois de Timothy Geithner, nomeado por Obama para novo secretário do Tesouro, se ter comprometido a intensificar as medidas de revitalização da economia, incluindo a estabilização da banca. Geithner falou em medidas “drásticas”, o que deu alguma confiança aos mercados.
A debilidade da divisa norte-americana, que está a cair face ao euro pela primeira vez em quatro sessões, também está a impulsionar a procura de “commodities”, como o petróleo e o ouro.
“Estamos a ver os preços do crude em território positivo devido a um movimento mais estável dos mercados accionistas”, comentou à Bloomberg um corretor da Bache Commodities, Tony Machacek. “Além disso, há ainda também algum sentimento positivo decorrente do efeito Obama”, acrescentou.
Arábia Saudita corta mais produção
Entretanto, a produção da Arábia Saudita, maior exportador mundial de crude, vai ficar em 300.000 barris por dia abaixo da quota que lhe foi definida pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), anunciou o ministro argelino do Petróleo, Chakib Khelil.
Segundo Khelil, que em Dezembro passou a pasta da presidência do cartel ao seu homólogo angolano, a Arábia Saudita vai proceder à redução antes da reunião da organização, agendada para 15 de Março.
Na semana passada, o ministro saudita do Petróleo, Ali al-Naimi, afirmou que o seu país estava a produzir cerca de oito milhões de barris por dia e que pretendia diminuir a produção no próximo mês para níveis abaixo da quota que lhe foi definida pela OPEP (8,051 milhões de barris diários).
As novas quotas de produção para os membros da OPEP entraram em vigor a 1 de Janeiro, depois de terem sido fixadas na reunião de 17 de Dezembro do cartel, em Oran (Argélia).
O novo plafond global para 11 dos 12 membros da organização (o Iraque não tem quota definida, por estar submetido a um regime definido pela ONU desde que invadiu o Koweit, em Agosto de 1990) foi estabelecido em 24,845 milhões de barris por dia.
Jornal de Negócios