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Ex-alunos surdos de colégio religioso denunciam abusos sexuais na Itália

Matapitosboss

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Set 24, 2006
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Mais de 60 ex-alunos surdos de um colégio religioso da cidade de Verona (norte da Itália) denunciaram 20 anos depois os supostos abusos sexuais que sofreram por parte de sacerdotes em uma reportagem da revista italiana "L'Espresso". A igreja nega as acusações.

A investigação jornalística, que ganha destaque na edição de hoje do diário "La Republica", exibe o testemunho de adultos que dizem ter superado o medo que ficou como sequela dos supostos abusos sexuais quando eram crianças e estudavam no colégio António Provolo.

Segundo a "L'Espresso", esses mais de 60 ex-alunos que agora revelam os supostos abusos não pretendem iniciar qualquer tipo de ação judicial, pois o crime teria prescrito, mas desejam alertar a população ao fato de que alguns daqueles sacerdotes continuam em dois colégios de Verona.

"Por este motivo, antigos alunos enviaram à "L'Espresso" os testemunhos --escritos e filmados-- de sua experiência. Documentos que poderiam esclarecer um dos casos mais graves de pedofilia na Itália: "os episódios envolvem 25 religiosos, e o número de as vítimas poderia chegar a pelo menos cem", explica a revista em seu site.

Segundo a publicação, décadas depois as supostas vítimas de abusos sexuais por religiosos se reuniram na Associação de Surdos de António Provolo e enviaram várias cartas a autoridades da Igreja Católica italiana.

"Na sala estabelecida como confessionário (...) alguns sacerdotes aproveitavam para se masturbar e ser tocados ao mesmo tempo por meninas surdas (a porta estava nesse momento sempre fechada)", diz um desses documentos.

"As relações sodomitas aconteciam no dormitório, nos quartos dos sacerdotes e nos banheiros", disse o texto antecipado hoje pelo "L'Espresso" em seu site, e que é assinado por 67 ex-alunos do António Provolo.

Igreja

O bispo de Verona, Giuseppe Zenti, negou nesta sexta-feira a veracidade da denúncia e afirmou que tais acusações respondem a interesses económicos.

"É uma teoria sem fundamento, fabricada para conseguir os bens da congregação" religiosa do colégio, disse Zenti, durante uma entrevista colectiva em Verona.

Segundo Zenti, o presidente da associação, Giorgio Gadanha Bernardina, ameaçou os membros da congregação de que iria acusá-los de pedofilia se não lhes dessem parte de seus bens.

"Peço provas, não contos inverossímeis. São banalidades construídas por mentes aberrantes e mais aberrante é que Gadanha Bernardina manipule esses surdos-mudos", disse o bispo de Verona.

Zenti pediu à associação de antigos alunos que retire as acusações, dizendo que, caso contrário, está disposto a accioná-los na Justiça.

"Não temos nenhum medo de que se averigue", comentou o religioso, afirmando que todas as acusações e os testemunhos --inclusive cartas enviadas às autoridades eclesiásticas de Verona-- publicadas na "L'Espresso" não são mais do que "mentiras".

"É uma coisa perversa acusar o monsenhor Giuseppe Carraro (bispo de Verona de 1958 a 1978), para o qual foi iniciado o processo de beatificação, dizendo que uma criança foi abusada aqui no salão do Episcopado, onde estou falando", afirmou Zenti.


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