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Exercito do Sri Lanka tomam Mullaitivu,

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Mai 27, 2007
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O exército do Sri Lanka entrou em Mullaitivu, a última cidade tomada pelos rebeldes separatistas dos Tigres Tamil, no extremo Nordeste da ilha, anunciaram hoje fontes militares. A cidade está a ser palco de combates entre as duas forças.

O Exército entrou, organizado em pequenos grupos, na parte Oeste de Mullaittivu, informou um responsável militar em anonimato.

Ontem, os Tigres de Libertação do Eelam Tamil - movimento que se assume como o braço armado da minoria tamil - destruíram o paredão de uma barragem, o que causou uma inundação nas proximidades da cidade, com o objectivo de atrasar o avanço do Exército. Mas as tropas conseguiam entrar na cidade utilizando embarcações.

"A 59ª Divisão entrou em Mullaitivu. A tomada da cidade é uma questão de tempo", comentou o porta-voz dos militares, Keheliya Rambukwella, à Reuters.

Os Tigres Tamil ainda não comentaram a situação.

O Governo começou a desenhar o fim do movimento separatista em 2007.

A 2 de Janeiro, o Exército fazia cair Kilinochchi, o mais importante bastião tamil. Desde então tem avançado no território dos separatistas, confinados a uma zona de floresta que terá 40 quilómetros de extensão, na região de Mullaitivu, e onde vivem 300 mil civis.

A luta de 37 anos de um dos mais violentos grupos do mundo

Criado para conseguir pela força das armas a independência do Nordeste do Sri Lanka e península de Jaffna, o grupo Tigres de Libertação do Eelam Tamil (LTTE, na sigla em inglês) tem fama de ser dos mais irredutíveis e sanguinários do mundo uma fama que pôde no entanto partilhar em vários momentos do conflito, que se arrasta há 37 anos, com as forças governamentais.

O LTTE foi criado em 1976 por Velupillai Prabhakaran para obter a separação e posterior independência do "eelam" tamil, a terra da minoria tamil no Nordeste do país. A actividade separatista já começara, mas só então teve a sua estrutura e chefia.

A luta começou em 1975, quando o próprio fundador do movimento matou o presidente da Câmara de Jaffna.

Depois foi um nunca mais acabar de ataques a personalidades, como o assassínio do primeiro-ministro indiano, Rajiv Gandhi, em Maio de 1991, numa acto de vingança contra a intervenção indiana, em 1987, ao lado das forças de Colombo, ou o do Presidente cingalês Ranasinghe Premadasa, em Maio de 1993.

Estes dois casos valeram ao LTTE a inscrição nas listas das organizações terroristas do Departamento de Estado norte-americano e da União Europeia. A "Jane's", a revista dedicada à análise de questões militares, tomaria o grupo, em 2007, como um modelo para outros do seu género. Considerou-o mesmo o mais eficaz do mundo.

De todas as organizações da sua área, foi a que conseguiu um grau maior de sofisticação. Por exemplo, com os ataques que ousou, por mar, contra navios de guerra governamentais. E os bombardeamentos que fez por ar, com pequenos aviões de fabrico checo, a partir de bases na selva, nas regiões que controlava, de objectivos governamentais, incluindo na capital, Colombo.

Mas ainda mais do que isso, andou por vários países europeus a fazer colectas para a sua luta. Um dos países foi a França, outro o Reino Unido. Os contribuintes eram em geral elementos da sua diáspora.

O LTTE é ainda frequentemente citado por recrutar crianças para as usar em combate uma das acusações que partilha com as forças governamentais.

Ao longo da sua luta, os Tigres Tamil aceitaram algumas vezes discutir a paz, por exemplo quando concordaram com um cessar-fogo, em 2002, a instâncias da Noruega. Mas o diálogo, esse e outros, nunca produziu resultados.
fonte:publico
 
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