Bolsa de Lisboa: 27 de Janeiro de 2009

Acções do BCP disparam 5% com notícia de eventual interesse do BBVA

As acções do Banco Comercial Português reagiram em forte alta, comum ganho superior a 5%, à noticia do jornal “Público” de que o espanhol BBVA sondou as autoridades portuguesas sobre uma eventual entrada no capital do maior banco privado português.

As acções do BCP apreciam 4,82% para 0,805 euros, tendo atingido um ganho máximo de 5,21% para 0,808 euros. Com esta subida o BCP reduziu as perdas na bolsa em 2009 para 1,23%, estando agora avaliado em 4,69 mil milhões de euros.

A forte subida surge no dia em que o jornal “Público” noticia que as autoridades portuguesas foram sondadas nos últimos dias sobre uma eventual entrada do Banco Bilbao Viscaya Argentaria (BBVA) no capital do Banco Comercial Português (BCP), adiantando o jornal que Belém e São Bento encaram o cenário com receio mas admitem analisa-lo.

Para os analistas do Espírito Santo Research este cenário “nesta altura, dificilmente se concretizará”, uma vez que o BBVA está fortemente comprometido com as operações em Espanha, México e EUA e o mercado português apresenta um potencial de crescimento limitado.

O jornal, que cita uma fonte oficial do BBVA a negar a intenção, adianta que estará em causa a aquisição de uma participação no BCP entre 20 e 30%. Contactado pelo "Público" Carlos Santos Ferreira negou "totalmente" ter alguma vez falado a este propósito com os responsáveis do BBVA

Apesar de adiantar que este cenário será difícil de concretizar, os analistas do Espírito Santo Research referem que esta notícia deverá ter um impacto positivo nas acções do BCP.

Em Madrid as acções do BBVA caem 0,44% para 6,77 euros. O banco está avaliado em bolsa em 25,5 mil milhões de euros, cerca de cinco vezes mais o valor de mercado do BCP.

Jornal de Negócios

PT e EDP arrastam PSI 20 para o vermelho

PT e EDP arrastam PSI 20 para o vermelho

Collapse O índice de referência nacional inverteu a tendência positiva da abertura e segue a perder quase 1%. A pressionar a bolsa nacional encontravam-se a Portugal Telecom e a EDP.




O PSI 20 perdia 0,93% para os 6.294,63 pontos, em sintonia com as restantes bolsas europeias, que seguem pressionadas pelos títulos das produtoras de matérias-primas.
Em Lisboa, a Portugal Telecom é o título que mais penaliza o índice de referência. A operadora nacional descia 1,57% para 6,26 euros. O Diário Económico notícia hoje que TMN, a operadora móvel do grupo liderado por Zeinal Bava, vai agravar as tarifas de voz e dados em Março. O aumento médio dos preços será de 2,5%.
O sector energético também se destaca pela negativa. A EDP perdia 1,08% para 2,73 euros.
Já a EDP Renováveis deslizava 0,02% para 5,34 euros, indiferente a duas notas de análise favoráveis. A Ibersecurities fez saber hoje que EDP Renováveis é uma boa aposta no sector, preferindo os títulos da empresa portuguesa aos da espanhola Iberdrola Renovables. A casa de investimento iniciou a cobertura da empresa liderada por Ana Maria Fernandes com uma recomendação de "comprar". Paralelamente, o banco australiano Macquarie reviu em alta o seu preço-alvo da quarta maior eólica do mundo para 5,25 euros, o que representa uma subida do 'target' de 11,22% face aos anteriores 4,72 euros.
No mesmo sector, a Galp Energia cedia 1,84% para 8,05 euros, no dia em que o petróleo segue misto nos mercados internacionais.
Na banca, o BES desvalorizava 1,68% para 5,27 euros, depois de o UBS ter cortado o preço-alvo do banco de 7,30 para 5,80 euros. A instituição liderada por Ricardo Salgado apresenta esta quinta-feira as contas do exercício de 2008, com os analistas a apontarem para lucros de 390 milhões de euros, menos 36% face a 2007.
O BPI, por sua vez, cedia 1,26% para 1,48 euros. O banco norte-americano JP Morgan anunciou hoje que reduziu a avaliação do banco liderado por Fernando Ulrich, de 1,80 para 1,60 euros.
Em sentido inverso, o BCP somava 1,43% para 0,77 euros, após ter sido noticiado que o banco espanhol BBVA está a negociar com as autoridades portuguesas a entrada no capital do banco liderado por Carlos Santos Ferreira, com os analistas a considerar que esta operação poderá recapitalizar a instituição.
O volume total de negócios ascendia aos 46 milhões de euros.
sapo

Bolsa nacional cai pressionada pela PT e pelo sector energético

A bolsa nacional encerrou o dia a perder, pressionada pelas quedas da Portugal Telecom e do sector energético. O PSI-20 fechou a sessão a liderar as quedas entre os principais índices europeus, que acabaram o dia a aliviar parte das perdas registadas ao longo do dia. O BES atingiu um mínimo de Fevereiro de 1997.

O PSI-20 fechou a descer 0,84% para 6.299,82 pontos, com 12 acções em queda, sete a subir e uma inalterada. Os principais congéneres europeus fecharam, na maior parte dos casos, a perder, mas com uma tendência de queda menos acentuada, anulando assim parte das descidas registadas durante a manhã. O sector automóvel foi um dos principais responsáveis, depois do Reino Unido ter anunciado um plano de concessão de garantias.

A Portugal Telecom foi dos títulos que mais contribuiu para a queda do índice ao perder 1,49% para os 6,265 euros, uma tendência partilhada pela Zon, que desceu 0,10% para os 4,09 euros, mas que foi contrariada pela Sonaecom fechou a subir 2,07% para os 1,09 euros.

A EDP caiu hoje 1,77% para os 2,72 euros, contribuindo assim para a descida do PSI-20. A Galp Energia também desvalorizou 2,57% para os 7,99 euros, no dia em que os preços do petróleo estão a cair mais de 5% devido aos receios da quebra da procura.

Já a EDP Renováveis conseguiu contrariar esta tendência ao subir 1,20% para os 5,41 euros, no dia em que a Ibersecurities iniciou a cobertura das acções da empresa com uma recomendação de “comprar” e um preço-alvo de 6,27 euros. A casa de investimento considera a empresa nacional uma boa opção defensiva que beneficia de uma carteira de projectos ampla e diversificada e, sublinha que apresenta mais crescimento em proporção quando comparada com a Iberdrola Renovables.

O título que esteve em destaque desde o início da sessão foi o Banco Comercial Português (BCP) que esteve hoje sob a atenção dos investidores depois do “Público” ter noticiado que o espanhol BBVA sondou as autoridades portuguesas sobre uma eventual entrada no capital do maior banco privado português. As acções chegaram a disparar mais de 5%, mas encerraram a sessão a ganhar 1,56% para os 0,78 euros.

O restante sector da banca encerrou em queda, com o BES a perder 0,75% para os 5,32 euros, depois de ter chegado a negociar nos 5,25 euros o que representa o valor mais baixo desde Fevereiro de 1997, no dia em que o UBS cortou o preço-alvo para as acções do banco liderado por Ricardo Salgado. O BES apresenta esta quinta-feira os resultados de 2008, com o CaixaBI a prever uma descida de 34,8% dos lucros .

O BPI também fechou a cair 2,26% para os 1,47 euros.

Jornal de Negócios