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Cuba: Raúl Castro cumpre visita de uma semana à Rússia

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Set 24, 2006
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Cuba: Raúl Castro cumpre visita de uma semana à Rússia

O programa da visita de Raul Castro, que se prolongará de 28 de Janeiro a 04 de Fevereiro, está rodeado de grande secretismo, sabendo-se apenas que o Presidente cubano se encontrará com o seu homólogo russo, Dmitri Medvedev, a 30 de Janeiro e que irão ser assinados vários documentos.

Porém, os dirigentes russos não escondem que a cooperação militar e tecnológica entre os dois países estará no centro da atenção dos dirigentes de Cuba e Rússia.
A duração da visita de Raul Castro não tem precedentes na história da Rússia moderna, batendo o recorde estabelecido pelo líder líbio Muammar Kadhafi, que esteve instalado três dias na sua tenda montada no Kremlin de Moscovo.
Numa entrevista à agência russa ITAR-TASS, Raul Castro considerou «maravilhosas» as relações entre Cuba e a Rússia, sublinhando que a sua visita irá consolidar e desenvolver os laços entre os dois países. No início dos anos 60 do séc.XX, a União Soviética instalou bases militares em Cuba, a última das quais, o centro de espionagem radio-electrónica de Lurdes, foi encerrada por Vladimir Putin em 2000, quando ocupava o cargo de Presidente da Rússia.

Esta decisão provocou uma reacção negativa da parte dos dirigentes cubanos, que assim perderam cerca de 200 milhões de dólares, pagos anualmente pelo aluguer dessa base sob a forma de abastecimentos de petróleo.
Não obstante, Raul Castro considera Putin o restaurador das relações russo-cubanas: «Depois de uma pausa nas nossas relações nos anos 90, elas começaram a restabelecer-se depois da visita do então Presidente da Rússia, Vladimir Putin, ao nosso país em 2000. Consideramos essa visita muito importante».
«Em Novembro passado, o Presidente Medvedev visitou Cuba. Realizaram-se conversações muito sérias e foram assinados acordos importantes», continuou. Na véspera, Igor Setchin, vice-primeiro-ministro russo, anunciou que a Rússia tenciona continuar a cooperação militar e tecnológica com Cuba e realiza-a em conformidade com as normas jurídicas internacionais.

«Esse trabalho está ser realizado em conformidade com acordos internacionais. Nós realizamos esse trabalho e, continuando a ser parceiros estratégicos, iremos continuar a realizá-lo», declarou Setchin, antigo agente do KGB que trabalhou em Angola e Moçambique nos anos 1980.
Sublinhou que a cooperação no campo militar e tecnológico é parte integrante da interacção entre os dois países e frisou a importância desse tipo de cooperação.
«A nossa interacção nesta esfera visa criar garantias de segurança da existência dos nossos Estados e é um direito soberano dos nossos países», precisou Setchin.
Esta cooperação exige meios significativos que Havana não possui, tendo Vladimir Putin prometido um crédito no valor de 20 milhões de dólares norte-americanos. Mas os empréstimos russos poderão ser maiores e Moscovo pretende controlá-los.

Na semana passada, Serguei Stepachin, dirigente do Tribunal de Contas da Rússia, visitou Havana e assinou um acordo sobre a «auditoria dos créditos».
«Controlamos conjuntamente o uso do crédito concedido pela Rússia», declarou Stepachin, sublinhando que «a Rússia nunca até hoje fez isso com outro país». Diário Digital / Lusa
 
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