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Ministério Público, PJ e CMVM encontram-se nas instalações do BPP

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Ministério Público, PJ e CMVM encontram-se nas instalações do BPP

27 de Janeiro de 2009, 16:16

Uma equipa de procuradores do Ministério Público, a Polícia Judiciária e a Comissão de Mercado e Valores Mobiliários encontram-se, desde esta manhã, a realizar buscas nas instalações do Banco Privado Português (BPP) por suspeita de branqueamento de capitais.

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De acordo com informações avançadas pela SIC Notícias, as investigações decorrem nos dois edifícios do Banco Privado Português em Lisboa.

Contactados pelo SAPO, os serviços do BPP não avançam qualquer tipo de informação sobre as buscas efectuadas nos edificios e não dão prestam nenhuma declaração sobre o assunto.

A empresa que controla o BPP, a Private Holding, é dada como falida devido a prejuízos acima dos 247 milhões e está sob intervenção estatal depois de a 24 de Novembro de 2008 o presidente ter solicitado ao Banco de Portugal ajuda por incapacidade para cumprir com os compromissos assumidos.

O BPP, um banco de investimento com uma base mínima de depósitos e que funciona como gestor de fortunas, mostrou que estava muito exposto aos segmentos de maior risco com a queda das bolsas o que impediu o seu presidente, João Rendeiro, de honrar os compromissos. Tal como aconteceu com outros pequenos bancos internacionais com idênticas características, o BPP ficou insolvente.

Nesse sentido pode dizer-se que o BPP foi a verdadeira vítima da crise financeira. É neste contexto que, a 24 de Novembro, João Rendeiro, foi ao Banco de Portugal pedir a intervenção para evitar a falência.

No entanto, João Rendeiro abandonou no final de Novembro de 2008 a presidência do BPP, após uma estratégia de investimento das verbas entregues pelos clientes sustentada nos mercados bolsistas que atirou o banco para a insolvência, mas manteve-se à frente da Privado Holding.

O BPP tem como principais accionistas o próprio João Rendeiro, através da Joma Advisers (com 12,5 por cento do capital), bem como Francisco Pinto Balsemão (com 6,02 por cento), Stefano Saviotti (com 5,83 por cento) e a família Vaz Guedes (com 5,81 por cento).

O banco conta ainda com investidores como Joaquim Coimbra e a Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento (FLAD), com 2 e 2,19 por cento, respectivamente, que têm em comum o facto de serem também ambos accionistas da Sociedade Lusa de Negócios, a 'holding' que era proprietária do BPN.

Segundo o Relatório e Contas de 2007, os capitais próprios do BPP ascendiam no final do ano passado a 250 milhões de euros, ao passo que os activos sob gestão somavam 2 mil milhões de euros.

Além destes activos, o BPP possui vários veículos de investimento - tendo alguns clientes como investidores - que controlam posições em empresas cotadas como o BCP, a Brisa e a Mota Engil, entre outras.

A desvalorização de alguns destes activos, nos últimos meses, contribuiu para as dificuldades de liquidez vividas pelo banco liderado por João Rendeiro.

No ano passado, o resultado líquido do banco ascendeu a 24 milhões de euros, tendo sido distribuídos pelos accionistas dividendos no valor de 12 milhões de euros.

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