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Filho mata pai à machadada com irmãos mais novos a assistir
Carlos ‘o pescador’, como era conhecido na zona de Porto Salvo, teve um final trágico. Na madrugada de ontem, cerca das 03h00 foi morto pelo próprio filho, de 21 anos, com um golpe de machado na cabeça. O jovem entregou-se na esquadra da PSP e confessou o homicídio
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O crime ocorreu na Rua Terra da Eira e os vizinhos, segundo o 24horas, não se surpreenderam com o sucedido. De acordo com os residentes, as discussões entre Carlos, a mulher e os filhos eram constantes e tanto a PSP como a GNR já tinham sido chamadas àquela casa. «Mais de uma dezena de vezes», assegura fonte policial, «devido a distúrbios familiares».
«Eu já não estranhava o barulho. As discussões eram tão frequentes que limitava-me a dar voltas na cama até adormecer», conta Luís Manuel, que mora na mesma rua onde o casal residia.
Maria Amélia, outra moradora daquela rua, conhecia a vítima há 12 anos e diz que Carlos era extremamente violento quando bebia. «Eles bebiam muito, quer a mulher e o filho que o matou. Só soube do drama quando ouviu as sirenes dos carros da PSP e das ambulâncias. Todos os vizinhos já sabiam que aquilo iria dar em morte. Coitados dos dois miúdos que ficaram sem pai e sem o irmão».
«Ele ontem estava muito bêbado. Acredito que tenha ofendido o filho que foi buscar o machado e teve aquela atitude», diz Luís Moreira, um pescador que convivia regularmente com a vítima.
‘O pescador’, conhecido por andar sempre com três facas e fabricar artefactos para apanhar polvos, não teve morte imediata. Segundo o 24horas, ainda foi transportado para o Hospital São Francisco Xavier e sujeito a uma intervenção cirúrgica, mas acabou por falecer.
Queimada com cigarros
A mulher de Carlos foi expulsa, segundo so vizinhos, há cerca de 15 dias de casa. O marido deitou-lhe a roupa pela janela e a mulher refugiou-se na casa de uma vizinha, que a acolheu e onde ainda se encontrava ontem a viver.
Os dois filhos mais novos, um de 17 anos e outro de 7 têm sido protegidos pelo avô paterno. «Ele é que lhes dá de comer leva à escola o mais pequenino. Se não fosse o avô, aquelas crianças estavam desgraçadas. Assistiram a tudo, mas nem gritaram».
Ainda de acordo com os testemunhos recolhidos pelo 24horas no local, a vítima torturava a mulher quase diariamente, com pontas de cigarros e com chumbo derretido. «Ele era uma pessoa má. Ninguém tem pena da sua morte. Coitado é do rapaz, que vai pagar pela maldade do pai», desabafa José Estevão, outro morador da rua.
O homicida foi ontem ouvido em tribunal e vai aguardar julgamento em prisão preventiva em Porto Salvo.
SOL
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