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Nova do Lei Divórcio gera"novos pobres"

Amorte

GF Ouro
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O Presidente da República manifestou "perplexidade" pela forma como se legisla em Portugal sobre matéria relevantes como divórcio, considerando que o novo diploma poderá levar ao aumento dos "novos pobres".

Num discurso centrado nos "novos pobres", Cavaco Silva disse ter recolhido informações que a maioria desses casos está associada a situações de divórcio, alertando para a possibilidade da nova legislação aumentar o número de situações.

"Dos contactos que tenho mantido com dirigentes de instituições de solidariedade, recolho informações que a maioria dos casos de 'novos pobres' está associada a situações de divórcio", afirmou o chefe de Estado.

Contudo, sublinhou, essas mesmas informações apontam para que "esses casos tenderão a aumentar com a nova Lei do Divórcio".

"Das previsíveis consequências sociais e das profundas injustiças da sua aplicação, alertei os portugueses em devido tempo", acrescentou o chefe de Estado, que, depois de ter vetado a primeira versão do diploma da Assembleia da República, promulgou a lei com duras críticas.

A este propósito, Cavaco Silva retomou também as críticas deixadas na sua intervenção na abertura do Ano Judicial à qualidade da legislação produzida em Portugal, reiterando que as leis muitas vezes partem "de uma realidade que não é a nossa, nem tem em conta o país que somos".

"A nova Lei do Divórcio é bem o exemplo dessa incompreensão, como foi já sublinhando por inúmeros magistrados, juristas da área do Direito da Família e pela Associação Portuguesa das Mulheres Juristas", declarou.

Reforçando esta ideia, o chefe de Estado citou mesmo declarações recentes de um dos autores da nova Lei do Divórcio, onde "confessou que ela tinha alguns lapsos, uns errozitos e que a culpa foi da pressa".

"A ser verdadeira esta declaração, a nossa perplexidade como se legisla em Portugal sobre matérias com esta relevância não podia ser maior", salientou.

A nova Lei do Divórcio foi promulgada a 21 de Outubro pelo Presidente da República, depois de um primeiro veto ao diploma em Agosto.

No dia em que promulgou a nova legislação, Cavaco Silva não deixou, contudo, que alertar para as situações de "profunda injustiça" a que este regime jurídico irá conduzir na prática, sobretudo para os mais vulneráveis.

"O novo regime jurídico do divórcio irá conduzir na prática a situações de profunda injustiça, sobretudo para aqueles que se encontram em posição de maior vulnerabilidade, ou seja, como é mais frequente, as mulheres de mais fracos recursos e os filhos menores", lia-se numa mensagem de Cavaco Silva, publicada no 'site' da Presidência da República.

Por outro lado, referia ainda o comunicado, o diploma, incluindo as alterações introduzidas depois do veto presidencial de 20 de Agosto à primeira versão da lei, "padece de graves deficiências técnico-jurídicas".

Além disso, "recorre a conceitos indeterminados que suscitam fundadas dúvidas interpretativas, dificultando a sua aplicação pelos tribunais e, pior ainda, aprofundando situações de tensão e conflito na sociedade portuguesa".
fonte:jn
 

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Igreja subscreve críticas de Cavaco à Lei do Divórcio

O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa manifestou concordância com as declarações do Presidente da República que esta sexta-feira, em Fátima, afirmou que "a maioria dos casos de 'novos pobres' está associada a situações de divórcio".

"Naturalmente que a Igreja Católica subscreve as palavras do Presidente da República", afirmou o padre Manuel Morujão, considerando que a nova Lei do Divórcio integra o conceito "simplex" que "não ajuda a proteger os mais débeis".

O porta-voz da CEP lembrou que em devido tempo Cavaco Silva fez este "alerta" sobre a situação em que ficariam as mulheres e os filhos menores, com o qual a Igreja Católica concordou.

"É claramente o nosso pensamento", disse o sacerdote, recordando que às instituições de solidariedade da Igreja Católica recorrem "os casos mais delicados e que mais precisam de ajuda", destacando, sobretudo, situações de mulheres com filhos.

O Presidente da República revelou esta sexta-feira na abertura do congresso da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) que dos contactos que mantém com dirigentes destas entidades foi informado que "a maioria dos casos de 'novos pobres' está associada a situações de divórcio" e que "esses casos tenderão a aumentar com a nova Lei do Divórcio aprovada pela Assembleia da República".

"Das previsíveis consequências sociais e das profundas injustiças da sua aplicação, alertei os portugueses em devido tempo", observou Cavaco Silva, que recordou as palavras que proferiu na sessão de abertura do Ano Judicial.

"Há poucos dias, na sessão de abertura do Ano Judicial, afirmei que em Portugal se produz muitas vezes legislação que parte de uma realidade que não é nossa, não tendo em conta o País que somos", disse o Chefe de Estado.

Para Cavaco Silva, "a nova Lei do Divórcio é bem o exemplo dessa incompreensão, como já foi sublinhado por inúmeros magistrados, juristas da área do Direito da Família e pela Associação Portuguesa de Mulheres Juristas".

fonte:jn
 
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