brunocardoso
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Rússia: Polícia detém manifestantes da oposição em Moscovo
Moscovo, 31 Jan (Lusa) - A polícia de choque russa deteve hoje mais de uma dezena de manifestantes da oposição russa que protestaram nas ruas da capital contra a política do Governo de Vladimir Putin.
"Foram detidos pelo menos 11 militantes da oposição, que se encontram na esquadra de Iakimanka (bairro de Moscovo)", incluindo Alexei Kasakov, militante da organização Oborona, declarou à Lusa Oleg Koslovski, dirigente desta organização juvenil da oposição extra-parlamentar.
Koslovski afirmou também que a polícia não permite o acesso de advogados de defesa aos manifestantes, alegando que "Moscovo vive uma situação extraordinária".
Alexandre Averin, porta-voz do Partido Nacional Bolchevique, da oposição ao Kremlin, declarou à rádio Eco de Moscovo que "os detidos na Praça do Triunfo encontram-se na esquadra da polícia local, onde estão a ser espancados por polícias à paisana".
Segundo o porta-voz, "a maioria dos detidos são militantes do partido e entre eles está o dirigente Eduard Limonov".
Os dirigentes da oposição tinham anunciado que não iriam pedir autorização às autoridades municipais para se manifestarem contra a política do Governo de Putin, sublinhando que esse direito já está fixado na Constituição da Rússia.
As autoridades policiais puseram mais de quatro mil agentes nas ruas da capital russa, prometendo que não iriam admitir "manobras de desestabilização".
A polícia de choque estava à espera dos manifestantes num dos locais anunciados, na Praça do Triunfo, onde efectivamente apareceram algumas pessoas com bandeiras e cartazes.
Porém, parte dos manifestantes surgiram num local não anunciado, junto à estação de metropolitano "Polianka", e começaram a gritar: "Sai para a rua e devolve a ti mesmo a cidade!", "Esta é a nossa casa!", "Rússia sem Putin!".
Os manifestantes, cerca de 250, desfilaram portando bandeiras das organizações "Frente Cívica Unida", dirigida por Garry Kasparov, anti campeão do mundo de xadrez, e "Oborona" (Defesa).
"Depois dos manifestantes terem saído do metropolitano Polianka foram atacados por vários provocadores que estavam armados com pistolas a gás. Estes espancaram e feriram vários jovens e depois fugiram em carros", declarou Kozlovski aos jornalistas.
"A polícia não deteve nenhum deles, mas levou para a esquadra os espancados", acrescentou.
Os manifestantes conseguiram cortar o trânsito no Anel dos Jardins, uma das artérias de Moscovo, tendo depois dispersado quando a polícia começou a fazer detenções.
JM.
Fonte Inf:Lusa/Fim
Moscovo, 31 Jan (Lusa) - A polícia de choque russa deteve hoje mais de uma dezena de manifestantes da oposição russa que protestaram nas ruas da capital contra a política do Governo de Vladimir Putin.
"Foram detidos pelo menos 11 militantes da oposição, que se encontram na esquadra de Iakimanka (bairro de Moscovo)", incluindo Alexei Kasakov, militante da organização Oborona, declarou à Lusa Oleg Koslovski, dirigente desta organização juvenil da oposição extra-parlamentar.
Koslovski afirmou também que a polícia não permite o acesso de advogados de defesa aos manifestantes, alegando que "Moscovo vive uma situação extraordinária".
Alexandre Averin, porta-voz do Partido Nacional Bolchevique, da oposição ao Kremlin, declarou à rádio Eco de Moscovo que "os detidos na Praça do Triunfo encontram-se na esquadra da polícia local, onde estão a ser espancados por polícias à paisana".
Segundo o porta-voz, "a maioria dos detidos são militantes do partido e entre eles está o dirigente Eduard Limonov".
Os dirigentes da oposição tinham anunciado que não iriam pedir autorização às autoridades municipais para se manifestarem contra a política do Governo de Putin, sublinhando que esse direito já está fixado na Constituição da Rússia.
As autoridades policiais puseram mais de quatro mil agentes nas ruas da capital russa, prometendo que não iriam admitir "manobras de desestabilização".
A polícia de choque estava à espera dos manifestantes num dos locais anunciados, na Praça do Triunfo, onde efectivamente apareceram algumas pessoas com bandeiras e cartazes.
Porém, parte dos manifestantes surgiram num local não anunciado, junto à estação de metropolitano "Polianka", e começaram a gritar: "Sai para a rua e devolve a ti mesmo a cidade!", "Esta é a nossa casa!", "Rússia sem Putin!".
Os manifestantes, cerca de 250, desfilaram portando bandeiras das organizações "Frente Cívica Unida", dirigida por Garry Kasparov, anti campeão do mundo de xadrez, e "Oborona" (Defesa).
"Depois dos manifestantes terem saído do metropolitano Polianka foram atacados por vários provocadores que estavam armados com pistolas a gás. Estes espancaram e feriram vários jovens e depois fugiram em carros", declarou Kozlovski aos jornalistas.
"A polícia não deteve nenhum deles, mas levou para a esquadra os espancados", acrescentou.
Os manifestantes conseguiram cortar o trânsito no Anel dos Jardins, uma das artérias de Moscovo, tendo depois dispersado quando a polícia começou a fazer detenções.
JM.
Fonte Inf:Lusa/Fim