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Doentes do VIH discriminados

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RoterTeufel

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Sida: Há profissionais de Saúde que recusam tratar infectados
Doentes do VIH discriminados
Um professor universitário foi impedido há dias de dar aulas, por ter lesões na cara, o que era entendido que devia ter sida. O trabalhador contratado a prazo vê o contrato não ser renovado quando a empresa sabe que está infectado com o vírus da sida (VIH). Uma mulher quis tratar os dentes numa clínica dentária mas os tratamentos foram recusados, alegando que não podiam esterilizar o ar. Outra foi ao centro de saúde para tirar o dispositivo intra-uterino, meio anti-conceptivo, mas recusaram tirar-lho e encaminharam-na para a maternidade. Outra mulher foi impedida de fazer um exame clínico no hospital na sua vez, só o podendo fazê-lo após todos os outros doentes.


Estes são exemplos da discriminação que os portugueses infectados com o VIH sentem e que foram denunciados na Conferência sobre “Transmissão do VIH – Ciência, Direito e Discriminação”, que decorreu ontem no auditório da Assembleia da República, em Lisboa, num encontro que juntou especialistas portugueses e estrangeiros, dirigentes da Saúde e deputados.

Torgal Ferreira, presidente do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, alerta para a possibilidade de a discriminação aumentar. “Quando os tempos são economicamente difíceis, os direitos dos mais frágeis são mais facilmente sacrificados e a discriminação social é provável vir a aumentar mais.”



Luís Mendão, do Grupo Português de Activistas sobre Tratamentos de VIH/Sida (GAT), diz que a maioria das queixas que recebem são de “seropositivos que não são aceites para trabalhar”.



O bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, considerou as recusas de tratamento dos profissionais de saúde de “intoleráveis”. “É inadmissível situações de discriminação social, apesar de os médicos não serem isentos de medo e preconceitos.”



O director do Serviço de Doenças Infecciosas do Hospital Egas Moniz, Kamal Mansinho, apresentou o resultado de estudos epidemiológicos, segundo os quais, “não existe prova definitiva da transmissão do vírus da sida entre crianças infectadas em interacção com irmãos e pais não infectados”.



VÍRUS NA SALIVA

O vírus da sida (VIH) foi encontrado na saliva e lágrimas em quantidades muito baixas de alguns seropositivos.

Segundo o Centro para o Controlo e Prevenção das Doenças (CDC), uma pequena quantidade de VIH num fluido corporal não significa que possa ser transmitido. Neste caso, o VIH não foi recuperado do suor de pessoas infectadas, pelo que nunca foi demonstrado que o contacto com a saliva, lágrimas ou suor resultasse em transmissão do VIH. Porém, o CDC recomenda que seja evitado o beijo de boca aberta com uma pessoa seropositiva, devido ao “potencial contacto com sangue durante o beijo de boca aberta” ou “French kissing”. Daí que o CDC recomende “evitar essa actividade com uma pessoa que se saber estar infectada pelo VIH.

O CDC investigou apenas um caso de infecção por VIH que poderá estar atribuído a contacto com sangue durante beijo de boca aberta.



CIRURGIÃO SEROPOSITIVO PODE OPERAR



Enquanto um tribunal recusou a actividade de um cozinheiro infectado com o VIH, alegando que poderia constituir um risco de contágio, a Ordem dos Médicos autorizou a prática médica de um cirurgião seropositivo.



AO CM, o bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, sublinhou que a autorização foi dada após uma análise cuidadosa do caso, por diversos peritos. “Foi entendido que poderia continuar a exercer desde cumprisse as regras básicas de controlo da infecção”.
 
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