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Colisão no Oceano Austral

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O “Steve Irwin”, barco da organização Sea Shepherd, e dois navios baleeiros japoneses colidiram hoje no Oceano Austral quando os ambientalistas tentavam impedir os japoneses de içar baleias para um navio-fábrica, o “Nisshin Maru”. A colisão não causou feridos.

“Dissemos-lhes para não continuarem as capturas ilegais de baleias e avisámos que iríamos bloquear a rampa que está na popa do navio-fábrica”, conta o capitão do “Steve Irwin”, Paul Watson, num comunicado no site da organização. “Decidiram testar-nos e avançaram contra nós”.

Os activistas tentavam bloquear a transferência de uma baleia morta do “Yushin Maru 1” para o navio fábrica quando o “Yushin Maru 2” avançou contra eles. “Não consegui virar para a direita sem colidir com o ‘Yushin Maru 1’. Tentei recuar mas o movimento do ‘Yushin Maru 2’ tornou a colisão inevitável”, explicou Paul Watson.

Segundo o capitão, os navios japoneses arremessaram objectos de metal e bolas de golfe, dispararam canhões de água e usaram uma arma acústica LRAD (Dispositivo Acústico de Longo Alcance). “Nunca senti nada assim”, comentou Emily Hunter, de Toronto, Canadá. “Podemos sentir os nossos músculos vibrar”.

“Tentamos tornar estas capturas o mais difícil possível para eles”, disse Molly Kendall de Adelaide, Austrália. “É difícil vê-los matar estas baleias e estamos determinados a fazer tudo o que for possível para deter este massacre horrível”.

O “Steve Irwin” garante que continua no rasto do “Nisshin Maru”, navio que iniciou a época de caça na Antárctica a 17 de Novembro.“Desejava não termos de estar aqui nesta situação perigosa”, comentou Watson. “Se a Austrália ou a Nova Zelândia aceitarem levar o Japão a um tribunal internacional, nós recuamos. Mas não temos outra escolha se não fazer o que pudermos com os recursos possíveis porque a lei internacional não está a ser cumprida, para defender as baleias neste santuário criado pela comunidade internacional”.

As autoridades japonesas, que caçam mais de 800 baleias por ano alegando fins científicos, consideram que a colisão foi “um acto de violência e não tem desculpa”, comentou Shigeki Takaya, do Ministério japonês das Pescas. Tóquio disse que na véspera, o Sea Shepherd tinha arremessado garrafas de ácido contra os navios japoneses e lançado cordas à água para se enlearem nas hélices dos navios.

Novo jogo de forças será disputado em Junho na ilha da Madeira

Ainda que em 1986 o organismo que gere a caça à baleia, a Comissão Baleeira Internacional (IWC, sigla em inglês), tenha imposto uma moratória à captura comercial para salvar as baleias da extinção, há vários países que nunca se conformaram. Todos os anos, o Japão lidera um grupo que tenta derrubar a proibição.

O jogo de forças deste ano será disputado na 61ª reunião anual da IWC, na ilha da Madeira, em Junho. Mas as negociações à porta fechada já começaram.

Em cima da mesa estará, nomeadamente, uma proposta para trocar uma ligeira redução no número de baleias mortas pelo Japão no Oceano Austral pela autorização da caça de baleia-anã na costa do Japão.

Mas esta não agrada nem a ambientalistas nem ao Japão. “O único acordo aceitável será o fim total da caça à baleia pelo Japão no Santuário do Oceano Austral, mas não podemos deixar que isto aconteça às custas das baleias ameaçadas no Pacífico Norte”, comenta a Greenpeace.

Na terça-feira, o Japão terá rejeitado a proposta. “Não estamos em condições de aceitar qualquer proposta que proíba o Japão de continuar a sua investigação baleeira”, disse o ministro das Pescas Shigeru Ishiba, citado pelo “The Guardian”.

Esta semana, o novo Governo da Islândia revelou que vai rever a política baleeira do país e reconsiderar uma decisão polémica tomada no final de Janeiro pelo antigo executivo, liderado por Geir Haarde, para aumentar em seis vezes a quota do país.

fonte.publico.pt
 
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