A mais graduada magistrada responsável pelo último julgamento em curso no Pentágono contra um suspeito de terrorismo detido em Guantánamo retirou hoje, às primeiras horas da madrugada, todas as acusações contra o arguido – o saudita Abd al-Rahim al-Nashiri – e cuja nova audiência estava marcada para a próxima segunda-feira.
As acusações pelas quais Nashiri respondia neste processo – o ataque bombista ao navio USS Cole, em 2000 num porto do Iémen, em que morreram 17 marinheiros norte-americanos – foram afastadas, mas “sem prejuízo” de que contra ele seja formulado novo caso, com base em novas acusações, precisou o porta-voz do Comando Naval, J.D. Gordon, citado pela Reuters.
“Foi essa a decisão dela”, sublinhou aquela fonte, referindo-se à juíza Susan Crawford, autoridade legal máxima para os julgamentos militares do campo-prisão de Guantánamo. Mas, avançou ainda Gordon, “reflecte o facto de o Presidente [Barack Obama] ter emitido uma ordem executiva que determina que as comissões militares sejam suspensas, enquanto se aguardam os resultados de várias avaliações em curso às nossas operações em Guantánamo”.
Nashiri, que o Pentágono acusou no Verão passado de “organizar e comandar” o ataque ao USS Cole – requerendo a aplicação de uma sentença de morte – permanecerá ainda detido na prisão militar norte-americana em Cuba. O saudita sustentou numa audiência preliminar, no ano passado, que confessara ter participado no ataque ao navio norte-americano apenas porque fora torturado pelos interrogadores dos Estados Unidos.
Dois outros processos militares de Guantánamo já tinham sido suspensos ao longo do último mês, por outros dois juízes, a pedido de Obama, mas um terceiro magistrado do Pentágono – James Pohl – decidira na semana passada, em desafio às ordens do Presidente, reagendar o julgamento de Nashiri. Tal decisão deixou nas mãos de Crawford a palavra final: e a demora com que a magistrada deu a conhecer a sua decisão chegou a causar ao longo dos últimos dias profunda apreensão dentro do Pentágono.
fonte
ublico.pt
As acusações pelas quais Nashiri respondia neste processo – o ataque bombista ao navio USS Cole, em 2000 num porto do Iémen, em que morreram 17 marinheiros norte-americanos – foram afastadas, mas “sem prejuízo” de que contra ele seja formulado novo caso, com base em novas acusações, precisou o porta-voz do Comando Naval, J.D. Gordon, citado pela Reuters.
“Foi essa a decisão dela”, sublinhou aquela fonte, referindo-se à juíza Susan Crawford, autoridade legal máxima para os julgamentos militares do campo-prisão de Guantánamo. Mas, avançou ainda Gordon, “reflecte o facto de o Presidente [Barack Obama] ter emitido uma ordem executiva que determina que as comissões militares sejam suspensas, enquanto se aguardam os resultados de várias avaliações em curso às nossas operações em Guantánamo”.
Nashiri, que o Pentágono acusou no Verão passado de “organizar e comandar” o ataque ao USS Cole – requerendo a aplicação de uma sentença de morte – permanecerá ainda detido na prisão militar norte-americana em Cuba. O saudita sustentou numa audiência preliminar, no ano passado, que confessara ter participado no ataque ao navio norte-americano apenas porque fora torturado pelos interrogadores dos Estados Unidos.
Dois outros processos militares de Guantánamo já tinham sido suspensos ao longo do último mês, por outros dois juízes, a pedido de Obama, mas um terceiro magistrado do Pentágono – James Pohl – decidira na semana passada, em desafio às ordens do Presidente, reagendar o julgamento de Nashiri. Tal decisão deixou nas mãos de Crawford a palavra final: e a demora com que a magistrada deu a conhecer a sua decisão chegou a causar ao longo dos últimos dias profunda apreensão dentro do Pentágono.
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