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Galeria Saatchi mostra arte do Médio Oriente
A reprodução de transsexuais iranianos e mullahs em poses eróticas são temas polémicos que muitos artistas evitariam mas fazem parte da exposição de arte do Médio Oriente que está em exibição na Galeria Saatchi, em Londres.
A exposição reúne obras de 21 artistas libaneses, palestinianos, sírios ou iraquianos adquiridas nos últimos três anos pelo coleccionador de origem iraquiana Charles Saatchi, que podem ser vistas no seu próprio museu, aberto ao público em Londres desde Outubro de 2008.
Uma das obras mais provocadoras na exposição são os painéis de Ramin Haerizadeh, intitulados «Homens de Alá», em que, manipulando fotografias de si próprio, o artista iraniano encena uma série de poses eróticas e efeminadas entre clérigos muçulmanos.
A crítica e as tensões sociais do Médio Oriente estão presentes em mais obras, como nos bonecos da também iraniana Shirin Fakhim, que recorre ao humor para fazer passar a mensagem.
Usando lingerie, perucas e meloas como seios, a artista faz uma caricatura das prostitutas e transexuais de Teerão, capital de um país moralista mas onde ao mesmo tempo existe prostituição.
Uma das obras mais impressionantes é a instalação da argelina Kader Attia, radicada em França, que mostra dezenas de mulheres em posição de oração.
Todavia, quando se observa de frente percebe-se que as figuras são apenas feitas de folha de prata.
O humor é usado por Shadi Gharidian para reflectir sobre o papel das mulheres, colocando objectos ligados às tarefas domésticas, como um ferro de passar ou um luva de borracha, em vez da cara, envolta no tradicional véu.
A exposição é uma oportunidade para descobrir artistas que são conhecidos mas que mostram um vigor na arte do Médio Oriente, disse Rebecca Wilson à agência Lusa.
Por causa dos temas que tratam, referiu, alguns destes artistas são obrigados a viver no estrangeiro.
Patente até 06 de Maio, esta é a segunda exposição nas novas instalações da Galeria Saatchi perto de Sloane Square, na capital britânica.
A anterior, dedicada à arte chinesa, atraiu mais de 400 mil visitantes.
lusa
A reprodução de transsexuais iranianos e mullahs em poses eróticas são temas polémicos que muitos artistas evitariam mas fazem parte da exposição de arte do Médio Oriente que está em exibição na Galeria Saatchi, em Londres.
A exposição reúne obras de 21 artistas libaneses, palestinianos, sírios ou iraquianos adquiridas nos últimos três anos pelo coleccionador de origem iraquiana Charles Saatchi, que podem ser vistas no seu próprio museu, aberto ao público em Londres desde Outubro de 2008.
Uma das obras mais provocadoras na exposição são os painéis de Ramin Haerizadeh, intitulados «Homens de Alá», em que, manipulando fotografias de si próprio, o artista iraniano encena uma série de poses eróticas e efeminadas entre clérigos muçulmanos.
A crítica e as tensões sociais do Médio Oriente estão presentes em mais obras, como nos bonecos da também iraniana Shirin Fakhim, que recorre ao humor para fazer passar a mensagem.
Usando lingerie, perucas e meloas como seios, a artista faz uma caricatura das prostitutas e transexuais de Teerão, capital de um país moralista mas onde ao mesmo tempo existe prostituição.
Uma das obras mais impressionantes é a instalação da argelina Kader Attia, radicada em França, que mostra dezenas de mulheres em posição de oração.
Todavia, quando se observa de frente percebe-se que as figuras são apenas feitas de folha de prata.
O humor é usado por Shadi Gharidian para reflectir sobre o papel das mulheres, colocando objectos ligados às tarefas domésticas, como um ferro de passar ou um luva de borracha, em vez da cara, envolta no tradicional véu.
A exposição é uma oportunidade para descobrir artistas que são conhecidos mas que mostram um vigor na arte do Médio Oriente, disse Rebecca Wilson à agência Lusa.
Por causa dos temas que tratam, referiu, alguns destes artistas são obrigados a viver no estrangeiro.
Patente até 06 de Maio, esta é a segunda exposição nas novas instalações da Galeria Saatchi perto de Sloane Square, na capital britânica.
A anterior, dedicada à arte chinesa, atraiu mais de 400 mil visitantes.
lusa