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Bispos portugueses debatem crise e casamento homossexual

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Bispos portugueses debatem crise e casamento homossexual
O casamento entre pessoas do mesmo sexo e a crise económica vão ser dois dos temas a debater na reunião do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) que se realiza na próxima terça-feira, em Fátima




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Em declarações à agência Lusa, o porta-voz da CEP, padre Manuel Morujão, recusou a divulgação da agenda de trabalho dos cinco bispos que compõem o Conselho Permanente, mas admitiu que estes dois assuntos vão ser discutidos.
Sobre o anúncio do secretário-geral do PS, José Sócrates, de propor o direito ao casamento civil para pessoas do mesmo sexo, o responsável da CEP contrapôs com a existência de «tantos problemas para resolver neste País».
«Parece que há uma distracção real dos problemas do País, pondo esta bandeira no ar», afirmou o sacerdote, acrescentando que «quando se pensa num programa eleitoral deverão não distrair-se do essencial».
O porta-voz da CEP admitiu, contudo, que para a Igreja Católica «o ‘timming’ é uma questão secundária».
«O fundamental é a ideia revolucionária da concepção de casamento que é uma união de amor entre um homem e uma mulher», explicou, sublinhando que «seria um grave erro» esta alteração, assim como «uma agressão à identidade do matrimónio».
Para o padre Manuel Morujão, os casamentos homossexuais acarretam outro problema: «Uma sociedade que se fecha em si mesmo, no próprio género, não tem futuro, porque não há filhos».
O responsável rejeitou, por outro lado, a hipótese de a Igreja Católica vir a fazer alguma campanha contra a possibilidade de legalização das uniões entre pessoas do mesmo sexo.
«Não há nenhuma indicação para isso», disse, considerando, também, não ser «caso para se pensar num referendo».
«A Igreja não faz campanhas contra, faz campanhas a favor», salientou ainda o porta-voz da CEP, que acrescentou: «Qualquer pessoa tem lugar na Igreja».
Manuel Morujão destacou, ainda a propósito desta matéria, que «respeitar os outros, na sua forma de viver e agir, é um dever», mas não significa «permitir tudo».
Acreditando que os casamentos entre pessoas do mesmo sexo «vai dividir a sociedade portuguesa», o sacerdote apontou ainda «um empobrecimento social se a família perder o estatuto único que deve ter».
Além dos casamentos homossexuais, a crise financeira vai estar, também, na agenda dos bispos terça-feira, depois de, em Janeiro, a Conferência Episcopal Portuguesa ter anunciado a realização de um simpósio para avaliar a situação da sociedade portuguesa.
O responsável da CEP reconheceu que «é uma constatação inevitável» que a crise no País tomou proporções dramáticas.
«Há muitíssimas pessoas que vivem numa situação verdadeiramente penosa, dolorosíssima, a procurar o pão de cada dia, a sobreviver», apontou, alertando para a necessidade de «a sociedade civil e também a Igreja com as suas instituições estarem atentas na procura de respostas».
«A Igreja pode dar sempre mais respostas» à crise, reconheceu o porta-voz da CEP, recordando, no entanto, que grande parte da resposta social aos mais desfavorecidos está nas mãos de instituições ligadas à Igreja Católica.
Lusa / SOL
 
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