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Alemanha: Ministro da economia, Michael Glos, apresenta hoje demissão

Hdi

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Set 10, 2007
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O ministro alemão da Economia, Michael Glos, vai apresentar hoje a sua demissão e o nome do sucessor deverá ser anunciado pelo presidente do partido, a União Social-Cristã (CSU) da Baviera.

"Apresentarei amanhã de manhã o meu pedido de demissão à chanceler Angela Merkel", disse Glos no domingo à noite em Munique, após uma reunião com o chefe da CSU, Horst Seehofer.

A CSU tem dois ministros no Executivo de Angela Merkel, - Economia e Agricultura - e Glos tornou-se, em 2005, o primeiro político deste partido a assumir a pasta da Economia.

O nome referido com mais insistência pela imprensa alemã para sucessor de Glos é o do actual secretário-geral da CSU, Karl-Theodor zu Guttenberg.

Oriundo da nobreza, Guttenberg, de 37 anos, é deputado federal desde 2002 e começou por se afirmar como especialista em política externa e em assuntos políticos norte-americanos.

A sua fidelidade a Seehofer, o homem-forte da Baviera, que além de chefe da CSU é governador da Baviera, valeu-lhe a nomeação para secretário-geral da CSU, funções em que tem sobressaído por um estilo mais moderno e pela sua eloquência.

Segundo o jornal electrónico Spiegel Online, Guttenberg só estaria disposto a aceitar o cargo se Seehofer lhe garantisse "um importante cargo na política nacional" também depois das legislativas de Setembro.

Outro nome apontado para futuro ministro da Economia, embora com menos hipóteses, segundo os observadores, é o do actual ministro das Finanças da Baviera, Georg Fahrenschon.

Em carta enviada a Seehofer, Glos invocou que vai fazer 65 anos e já não tenciona fazer parte do próximo Executivo, após as legislativas de Setembro, pedindo o seu afastamento do cargo.

Um incidente com um polícia em que se viu envolvido na semana passada poderá, no entanto, ter precipitado a decisão do político bávaro.

O motorista de Glos passou com o carro de serviço por cima do pé de um polícia de trânsito que o mandou parar em Berlim, e o ministro saiu do carro, ameaçando o agente da autoridade de acabar com a sua carreira.

O caso fez manchetes nos tablóides alemães e foi notícia e alvo de duros comentários em vários jornais, apesar de Glos ter desmentido que tenha ameaçado o polícia, reconhecendo, no entanto, que se exaltou na discussão.

A imprensa alemã adianta também que as más relações entre Glos e Seehofer podem ter precipitado a saída do ministro. O chefe da CSU da Baviera estava descontente com o trabalho de Glos, e tinha exigido repetidamente que este "desse um cunho mais forte da CSU" na coligação de governo, nem que para isso tivesse de enfrentar a chanceler Angela Merkel.

Além disso, no auge da crise financeira e económica a chanceler preferiu apoiar-se no ministro das Finanças, o social-democrata Peer Steinbrueck, com quem surgiu repetidamente em público a anunciar várias medidas, deixando Glos claramente em segundo plano.

Glos era considerado um ministro da Economia próximo da grande indústria, e não surppreende, portanto, que a poderosa Confederação da Indústria Alemã (BDI) tenha lamentado já a sua saída.

No interior do Governo federal, Glos teve vários conflitos com ministros sociais-democratas, sobretudo com o seu colega do ambiente, por defender a anulação do encerramento gradual das centrais atómicas alemãs, apesar de esta consigna, aprovada pelo anterior executivo SPD/Verdes, estar inscrita no acordo de coligação, por exigência dos sociais-democratas.

Lusa
 
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