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Morreu a italiana em coma vegetativo há 17 anos

Amorte

GF Ouro
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Mai 27, 2007
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Eluana Englaro, a jovem mulher em coma vegetativo há 17 anos, morreu, anunciou hoje o ministro da Saúde, Maurizio Sacconi, aos senadores reunidos para examinar um projecto de lei destinado a impedir que ela deixasse de ser alimentada artificialmente.

Os senadores observaram um minuto de silêncio em memória de Eluana Englaro, 38 anos, falecida três dias depois de lhe ter sido interrompida a alimentação e hidratação.

O Senado italiano estava reunido em sessão de emergência para examinar um projecto de lei apresentado pelo governo de Silvio Berlusconi para impedir a morte da jovem mulher.

A família de Eluana obtivera ganho de causa da Justiça em Dezembro passado para a deixar morrer, e os médicos deixaram sexta-feira passada de a alimentar e de a hidratar, dando-lhe apenas sedativos para não a deixar sofrer.

"Que o Senhor a receba e perdoe àqueles que a conduziram a isso", comentou à Agência Ansa o "ministro da Saúde" do Vaticano Javier Lozano Barragan.

fonte:jn
 

Dot@com

GF Ouro
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Parece mesmo o destino... depois de um coma de 17 anos, quando se decidem finalmente reunir para legislar/alterar a lei... é nesse mesmo dia que morre.:right:

Dá que pensar...

um abraço
Dot@com
 

Amorte

GF Ouro
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Mai 27, 2007
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Autópsia de Eluana Englaro revela que causa da morte foi desidratação

Os primeiros resultados da autópsia a Eluana Englaro, a italiana que permaneceu 17 anos em estado vegetativo e que morreu na passada segunda-feira confirmam que não houve intervenção médica na sua morte. Eluana morreu de paragem cardíaca depois de lhe terem sido cortados os meios de alimentação e hidratação artificial por vontade da família e autorização do Supremo italiano.

Eluana, que foi transferida para a clínica “La Quiete” em Udine, no norte de Itália, no dia 3, onde uma equipa de voluntários retirariam gradualmente os suportes artificiais de vida, acabou por morrer no dia 9.

Mas, no meio da crise política que se levantou em Itália, em torno da questão do direito à vida, tornou-se necessário apurar a causa médica da morte. De acordo com os serviços forenses do Hospital de Santa Maria da Misericórdia, que realizou a autópsia, coordenada pelo médico Carlo Moreschi, não houve intervenção activa e a razão da morte foi paragem cardíaca provocada pela desidratação. Participaram na autópsia médicos mandatados pela família.

Os especialistas frisam contudo que estes são os primeiros resultados e que resta apurar, através de análises toxicológicas, se ainda existem dúvidas sobre a causa da morte.

Segundo os sectores conservadores e católicos italianos, a morte de Eluana poderia ter sido acelerada. O Governo de Sílvio Berlusconi, que estava contra a morte de Eluana e que a tentou travar mesmo depois da autorização do Supremo Tribunal, aprovou ontem, um dia depois, da morte de Eluana, a proposta de urgência que proíbe a cessação da alimentação e hidratação artificial a pessoas em estado vegetativo. A proposta tinha como objectivo evitar a morte de Eluana e repor a nutrição artificial. Mas chegou tarde demais.

Entregue o resultado da autópsia, o corpo de Eluana já poderá ser entregue à família, para ser submetido a uma cerimónia que não terá funeral. O corpo de Eluana será benzido e cremado, conforme vontade da família.

Beppino Englaro, o pai que protagonizou a luta contra o Vaticano e contra Berlusconi, pediu na segunda-feira aos media: “Deixem-me viver esta dor sozinho. Sei perfeitamente que o assunto se tornou público, mas dado este desenlace ele regressou à sua esfera privada”.

fonte:publico.pt
 
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