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Morte de bovinos está associada à leptospirose

Matapitosboss

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O Ministério da Agricultura esclareceu hoje que a elevada mortalidade de bovinos no distrito de Portalegre está associada à leptospirose e a uma conjugação de factores ambientais que diminuíram as defesas dos animais.

A mortalidade tem sido especialmente elevada em explorações onde os animais não estão vacinados, atingindo nalguns casos uma taxa de 15 por cento, adiantou à Lusa o sub-director Geral de Veterinária, Fernando Bernardo.

O responsável acrescentou que o mês de Dezembro foi aquele em que morreram mais bovinos em Portugal nos últimos seis anos.

O problema tem sido agravado por uma conjugação de factores que criaram condições propícias à saída de ratos existentes na terra, que transmitem a bactéria Leptospira através das fezes e urina.

As chuvas intensas fizeram acumular água nas pastagens e alteraram as suas características, favorecendo a multiplicação de ratos e a eclosão de larvas de carraças que se fixaram nos bovinos, já de si debilitados pela escassez alimentar, diminuindo a resistência natural dos animais à doença.

A leptospira é endémica em Portugal e provoca doença em mamíferos, incluindo o homem, evoluindo de forma aguda (morte) e crónica (aparecimento de abortos, infecções renais e artrite).

O ministério da Agricultura salienta que a situação pode ocorrer em qualquer zona onde existam pastagens planas e um inadequado controlo de pragas do solo, especialmente ratos.

A leptospirose pode ser combatida com tratamentos antibióticos e prevenida através da utilização de vacinas específicas, usadas normalmente nos animais que pastam em terrenos alagadiças.

Nas zonas de pastagem de sequeiro, como é o caso do Alentejo e da Beira Interior, a utilização destas vacinas não é habitual, uma vez que os animais não costumam estar em risco.

Entre 10 de Janeiro a 10 de Fevereiro, foram declarados no Distrito de Portalegre 787 casos de morte em bovinos sendo que alguns deles podem ser considerados anormais, particularmente os que são oriundos de explorações nas quais a taxa de mortalidade ultrapassa um por cento.


Fonte Inf.- SAPO/LUSA


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Portalegre: Causas da morte de bovinos desvendadas dentro de "dois ou três dias"

O presidente da Associação de Agricultores do Distrito de Portalegre (AADP), António Bonito, garantiu hoje que dentro de "dois ou três dias" haverá respostas sobre as causas da morte de dezenas de bovinos naquela região.

O responsável da AADP falava aos jornalistas, em Monforte (Portalegre), após uma reunião com os veterinários da associação, a Direcção-Geral de Veterinária, Laboratório Nacional de Investigação Veterinária e um laboratório especializado.

"Nesta reunião, chegámos a um entendimento de fazer análises para perceber o que se está a passar e esperamos dentro de dois a três dias ter dados concretos", afirmou, em declarações aos jornalistas.

António Bonito avançou que as entidades participantes na reunião de hoje vão estar no terreno, nos próximos dias, a efectuar um conjunto de análises para detectar a origem da mortandade no gado bovino.

"As pesquisas vão ser efectuadas em explorações que estão a ser afectadas e serão feitas por técnicos credenciados", assegurou o responsável da AADP.

Num universo de 3.815 explorações agrícolas no distrito de Portalegre, onde existem cerca de 200 mil bovinos, este tipo de casos está a ocorrer na região norte do distrito em "sete explorações", onde já morreram cerca de "setenta bovinos", explicou.

Questionado pelos jornalistas sobre se a mortandade registada acarreta alguns riscos para a saúde pública, o responsável pela AADP descartou de imediato essa possibilidade.

"A saúde pública está neste momento salvaguardada", afirmou.

"Não criem alarmismos, porque todos precisamos de serenidade e de calma", defendeu.

O Ministério da Agricultura já esclareceu que a elevada mortalidade de bovinos no distrito de Portalegre está associada à leptospirose e a uma conjugação de factores ambientais que diminuíram as defesas dos animais.

No entanto, para António Bonito, "tudo o que foi dito até agora não tem fundo de verdade".

"Nós temos que diagnosticar para depois termos acção sobre esses mesmos diagnósticos", frisou.

As intempéries registadas nos últimos meses no distrito de Portalegre, que provocam alguma debilidade nos animais, apesar de estes serem alimentados com suplementos, e a fraca qualidade das pastagens são cenários a ter em conta neste caso, consideraram as várias entidades envolvidas nesta reunião.

O presidente da AADP apelou, por outro lado, aos portugueses para continuarem a consumir carne portuguesa porque se trata de uma carne de "qualidade".

Já hoje, no final do Conselho de Ministros, o ministro da Agricultura admitiu a adopção de medidas para responder à elevada taxa de mortalidade de gado no Alentejo, mas adiantou que o Governo ainda averigua eventuais situações de incumprimento do bem-estar animal.

"Há taxas de mortalidade que em algumas explorações ultrapassam os 10 por cento. Essa situação está a ser analisada desde quarta-feira pelos serviços de veterinária", referiu.

Segundo Jaime Silva, perante esta elevada mortalidade, o Governo "mandou analisar as causas e os serviços de veterinária deram uma primeira pista: a doença da leptospira".

"Há uma mortalidade muito acentuada em algumas explorações, mas o Governo terá de verificar se as condições de bem-estar animal estão a ser preenchidas. Temos de ver se não há mais razões que possam estar na origem do problema. Só depois poderemos tomar uma decisão", frisou o membro do Governo.

Jaime Silva referiu também que "há uma vacina para a doença da leptospira, que é muito utilizada pelos produtores nacionais que têm os seus animais em zonas de chuva e de muita água no solo".

"Mas esse não é o caso da zona Norte do Alentejo, que é uma região de sequeiro", reconheceu.

No entanto, o ministro da Agricultura não excluiu a possibilidade de "haver uma tomada de decisão de apoio em função do apuramento das causas das mortes".

"É evidente que uma taxa de mortalidade sempre que ultrapassa os dois ou três por cento é considerada excessiva. Uma taxa de 15 por cento por exploração obriga-nos a fazer uma análise mais detalhada das razões de fundo dessa mortalidade", acrescentou.

HYT/PMF

Fonte Inf.- Lusa/Fim


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