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Percorrer mil quilómetros até ao Pólo Norte para medir o degelo do Árctico

xicca

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Três britânicos vão percorrer mil quilómetros até ao Pólo Norte para medir o degelo do Árctico


Três aventureiros polares britânicos vão começar este mês uma caminhada de mil quilómetros até ao Pólo Norte com um radar portátil experimental a fim de medir, com rigor, o ritmo do degelo no oceano Árctico, foi hoje revelado.

No final do mês, o trio britânico - Pen Hadow, Ann Daniels e Martin Hartley - será largado no gelo mil quilómetros a Sul do Pólo Norte. A meta é conseguir chegar ao destino no final de Maio, depois de atravessar placas de gelo instáveis, com temperaturas entre os zero e os 50 graus Celsius negativos.

O centro da expedição é o radar, com quatro quilos de peso, que foi concebido para dar leituras muito mais precisas da espessura do gelo que cobre o mar, em relação aos métodos actuais que utilizam submarinos ou satélites. O radar vai compilar um perfil detalhado do gelo, de dez em dez centímetros.

Cerca de dez vezes por dia, a equipa vai usar também um instrumento para perfurar o gelo e medir a sua espessura, garantindo que as leituras do radar são correctas.

Na expedição segue ainda um pequeno sensor que pode ser mergulhado no mar até uma profundidade de 250 metros para medir a temperatura e salinidade.

Pen Hadow, líder da expedição, afirmou em conferência de imprensa que o gelo está tão fino que a equipa vai levar fatos especiais que lhes permitam nadar entre blocos de gelo.

“Existem consequências muito graves decorrentes da perda deste gelo no mar”, comentou o líder da expedição, Pen Hadow, citando estimativas segundo as quais toda a cobertura de gelo existente no Árctico durante o Verão pode desaparecer dentro de quatro anos.

Neil Hamilton, director do Programa Árctico da organização World Wildlife Fund, espera que parte dos dados recolhidos nesta expedição estejam disponíveis a tempo da conferência de Copenhaga (30 de Novembro a 11 de Dezembro), onde será decidido o sucessor do Protocolo de Quioto sobre alterações climáticas. O objectivo, disse, é “mostrar ao mundo que o que está realmente a acontecer no Árctico está a ter um grande impacto no clima mundial”. “Isso deverá encorajar o mundo a assinar um protocolo forte sobre o regime climático para o futuro”, acrescentou.

O principal financiador da expedição, de 4,3 milhões de dólares (cerca de 3,3 milhões de euros), é a seguradora britânica Catlin.




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