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Pombos clandestinos

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Pombos clandestinos

As autoridades fronteiriças australianas levantam uma verdadeira barreira a todos aqueles que querem entrar no seu território com animais ou vegetais não autóctones. Quase todos os dias são anunciadas capturas de répteis, ou de insectos que alguém tenta introduzir clandestinamente no país, e isso faz sentido. Contudo, não foram contrabandeados os animais que provocaram e provocam graves danos na sua flora e fauna, e que causaram o verdadeiro pavor que agora se instalou e que leva a uma triagem de tudo os que os passageiros transportam em seu poder quando os aviões aterram nos aeroportos australianos.

A Austrália sofre ou sofreu graves pragas que alteraram e marcaram profundamente a sua fauna, neste momento são os sapos-cururu Bufo marinus que devastam milhões de répteis e anfíbios, desde as mais pequenas rãs aos grandes crocodilos de água salgada, passando pelas mais venenosas serpentes. Estes sapos venenosos tudo têm morto, levando muitas espécies ao limite da extinção, de norte a sul do território, sentindo-se as autoridades impotentes para parar ou minimizar os estragos e, mais grave ainda, não têm verdadeiramente nenhuma ideia de como inverter este estado de coisas.

Antes destes, foram os dromedários, estimando-se existirem mais de 600.000 a viver nos desertos e que continuam a multiplicar-se, sem que se consiga parar o aumento do seu número. Antes ainda, os coelhos e as raposas, que foram levados pelos primeiros colonos como peças de caça e que se tornaram pragas. Paralelamente, ficaram também os ratos que iam nos barcos e, na tentativa de os controlar, foram levadas cobras rateiras, mas tornaram-se elas próprias uma verdadeira praga. E assim por diante…

Agora, tudo o que passa nas alfandegas é visto e revisto, o grau de perigosidade de cada espécie animal ou vegetal como infestante é questionado e as penas de prisão são aumentadas, como tentativa de desmotivar qualquer espécie de contrabando, mas mesmo assim todos os dias os funcionários alfandegários são testados, e desta vez fizeram uma estranha descoberta.

Enquanto os funcionários inspeccionavam as malas de mão de um determinado indivíduo no Aeroporto Internacional de Melbourne, notaram uma estranha inquietação noutro passageiro que se encontrava em fila para ser fiscalizado. Após uma rápida inspecção visual, reparam nuns estranhos volumes nos bolsos das calças desse passageiro. Quando chegou a sua vez, e questionado com o que levava nos bolsos, o homem, de 23 anos e residente na cidade, mostrou-se incomodado com a pergunta e tentava não responder às questões que lhe eram colocadas, tendo mesmo afirmado que se tratavam de medicamentos, nomeadamente vitaminas. Desviado para uma zona um pouco menos frequentada, para se tentar perceber o que transportava, as autoridades logo encontraram ovos de pombo embrulhados em tecido. Deslocaram então o passageiro para uma zona reservada e no seu cinto descobriram sementes de berinjela, mas o melhor estava para vir. Quando convidado a despir-se, descobriram que o homem, proveniente do Dubai, tinha vestidos uns collants e que por baixo deles havia mais volumes. Aí, para sua surpresa, foram encontrados dois pombos meio adormecidos. Tratando-se de animais vivos, este passageiro incorria num crime grave, uma vez que tentara ocultar os animais das autoridades alfandegárias.

O homem ficou detido e tudo o que transportava foi entregue a funcionários que agora vão avaliar o perigo de infestação das sementes, dos ovos e também dos pombos que transportava. Para já, foi aplicada uma multa de 110.000 dólares australianos. Se, como numa primeira avaliação foi apurado, as espécies se encontrarem entre aquelas que estão proibidas de entrar no país - e faz sentido que estejam, senão o homem não as tentaria fazer entrar clandestinamente -, este passageiro corre o risco de passar até dez anos atrás das grades.

Algumas espécies de animais proibidas, comercializadas no mercado negro australiano, atingem valores astronómicos e é isso que leva estes indivíduos a tentarem a sua sorte, mas desta vez correu mal!
 
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