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Um grupo de cem cristãos da Marinha Grande enviou uma carta ao Cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, criticando a Igreja por estar a "gastar energias" com a questão dos casamentos homossexuais quando existem "milhares de crianças ciganas" a precisar de apoio.
"Sentimos um profundo desagrado por a Igreja não se empenhar na resolução das situações de miséria das famílias ciganas", disse ontem Deolinda Rosa Santos, porta--voz do movimento, dando como exemplo o caso de três agregados acampados há três anos em Embra, à entrada da Marinha Grande.
Só um casal tem nove filhos. Dormem todos em dois colchões, abrigados numa tenda construída com retalhos de plástico e madeira. Sensibilizados com a falta de condições de conforto e higiene das crianças, os subscritores do documento perguntam ao Cardeal "onde está a tão apregoada defesa das famílias" e dos valores cristãos. Deolinda Santos queixa-se ainda "da passividade da Pastoral dos Ciganos".
O Patriarcado de Lisboa confirmou ontem a recepção da carta, mas remete para mais tarde uma eventual reacção. Francisco Monteiro, director executivo da Obra Nacional da Pastoral dos Ciganos, apoia-se no trabalho efectuado para refutar as acusações. "É preciso saber construir", diz .
Francisco Pedro