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Doenças crónicas devem ser prioridade

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Doenças crónicas devem ser prioridade


As doenças complexas como a diabetes e a depressão vão colocar, no futuro, um "ainda maior peso na saúde", devendo a gestão das doenças crónicas ser assumida como "uma prioridade" das políticas de saúde na Europa.
Esta é a principal conclusão do estudo "A Gestão da Doença Crónica na Europa, integrado numa investigação sobre o financiamento dos sistemas de saúde na Europa, que foi levada a cabo pela Iniciativa para o Financiamento Sustentável da Saúde na Europa (IFSSE), sob auspícios da Presidência Checa da União Europeia.
O estudo, que hoje será divulgado em Praga, numa cerimónia que contará com a presença do secretário de Estado da Saúde, Fernando Ramos, e do presidente do Infarmed, Vasco Maria, lembra que as doenças e condições crónicas são a "principal causa de mortalidade e morbilidade na Europa", contribuindo para "86 por cento do total das mortes prematuras".
Sugerindo que a diabetes e a depressão irão "impor, no futuro, um ainda maior peso na saúde", o relatório, da autoria do investigador alemão Reinhard Busse, da Universidade de Tecnologia de Berlim, salienta a necessidade de os decisores políticos europeus estabelecerem a doença crónica "como uma prioridade" e "escolherem as estratégias certas".
O relatório realça cinco dimensões da gestão da doença crónica onde os responsáveis deverão sobretudo actuar: Inovação farmacêutica e clínica, incentivos financeiros, coordenação, tecnologias de informação e comunicação e avaliação.
O desenvolvimento de tratamentos médicos personalizados como "importante tendência para o futuro da gestão da doença crónica" e a "definição de um conjunto de indicadores de qualidade" que reflictam diferentes aspectos de qualidade (estrutura, processo e, onde possível, resultados), são alguns dos pontos que o relatório propõe.
O estudo sublinha ainda que os decisores políticos devem "envolver todos os actores relevantes neste processo" e assegurar o consenso sobre os objectivos e os padrões, devendo a avaliação constituir "parte integrante de qualquer esforço ou programa de melhoria da gestão da doença crónica".l
Por sua vez, o relatório "O futuro da Avaliação das Tecnologias de Saúde na Europa", que também integra a investigação da IFSSE, e cujos resultados também serão hoje apresentados, refere que, nos últimos vinte anos, muitos países europeus "iniciaram a sua utilização, embora servindo objectivos bastante limitados".
A Avaliação das Tecnologias de Saúde (ATS) é um processo que investiga as consequências clínicas, económicas e sociais da utilização das tecnologias em saúde.
"Um acordo sobre boas práticas é importante na medida em que a Avaliação das Tecnologias de Saúde é cada vez mais uma parte fundamental no processo de decisão das organizações sobre as tecnologias de saúde a comparticipar/reembolsar", sublinha o autor da investigação, Panos Kanavos, da London School of Economics.
O relatório propõe 15 princípios, identifica sete questões importantes para o futuro e considera os principais desafios para a "estandardização" da Avaliação das Tecnologias de Saúde na Europa.
A definição de um sistema muito claro para a definição de prioridades para evitar distorções na tomada de decisão sobre o investimento e utilização de recursos, é uma das principais recomendações do estudo.
O relatório de Panos Kanavos defende ainda que a ligação das Tecnologias de Saúde e o processo de decisão tem de ser "transparente e claramente definida".

Fonte:Correio dos Açores
 
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