• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Decisões arrojadas e estilo informal marcam primeiro mês de mandato

migel

GForum VIP
Entrou
Set 24, 2006
Mensagens
15,631
Gostos Recebidos
0
Decisões arrojadas e estilo informal marcam primeiro mês de mandato

2009-02-20 09:38:00


Barack Obama, que hoje assinala o primeiro mês de mandato, assumiu num curto prazo decisões arrojadas que poderão transformar o Presidente no salvador da economia norte-americana, mas também acelerar um possível desencantamento do país face ao novo líder.

Na passada terça-feira, Obama assinou um gigantesco plano de relançamento para aliviar uma economia norte-americana confrontada com uma crise profunda e com o risco iminente de falência das suas principais empresas da indústria automóvel.
A promulgação da já chamada "Lei da recuperação" vai permitir a aplicação de um plano de 787 mil milhões de dólares, feito de investimentos nas grandes obras públicas para criar empregos, e reduções fiscais para estimular o consumo.
Segundo Obama, o plano salvará ou criará mais de 3,5 milhões de empregos em dois anos e irá lançar igualmente as bases de uma nova economia de desenvolvimento duradouro.
A aprovação deste plano, na semana passada, pelo Congresso norte-americano, representou um enorme sucesso para Obama, que desde 20 de Janeiro, dia da tomada de posse, tem estado inteiramente absorvido pela mais grave crise económica em muitos anos vivida pelos Estados Unidos.
Prova disso, é também a intervenção da administração Obama no sector imobiliário.
Para este sector, de onde partiu esta crise que contaminou o resto da economia, o governo vai destinar, com os organismos de financiamento hipotecário Fannie Mae e Freddie Mac, 75 mil milhões de dólares para ajudar os proprietários imobiliários em dificuldades.
O plano visa injectar dinheiro rapidamente para prevenir o colapso do sector da habitação e impedir que entre sete a nove milhões de norte-americanos percam as suas casas, segundo Obama.
Mas, a atitude audaz do novo Presidente também é arriscada para alguns.
"Se isso não acontecer (a recuperação económica), se a situação económica piorar, ele terá um fardo pesado para gerir", observou o historiador Julian Zelizer, da Universidade de Princeton.
"O maior desafio é esse", reforçou o investigador, mencionando que o próprio Obama, que goza agora de um estado de graça, tem consciência que está a ser julgado pelos seus resultados.
"Se, dentro de alguns anos, as pessoas não sentirem que a economia arrancou (...) e que eu não orientei o país na direcção certa, então terão um novo Presidente", afirmou na semana passada na Florida.
Entretanto, o poder de intervenção do novo líder norte-americano já recebeu uma nota alta do antigo Presidente Bill Clinton.
"Penso que ele vai começar bem", disse Clinton.
"Penso que ele tem uma boa equipa", reforçou o ex-governante, considerando ainda que a Casa Branca de Obama tratou do plano de estímulo à economia relativamente bem, "dado que tiveram de o fazer muito depressa".
No entanto, o primeiro mês da equipa de Obama foi assombrado por diversas baixas, a última do republicano Judd Gregg, nomeado para secretário do Comércio.
Gregg anunciou a sua desistência apenas uma semana depois de ter sido apontado para o cargo em substituição de Bill Richardson, governador do Novo México, que se retirou em meados de Janeiro quando foi noticiado que era alvo de uma investigação por irregularidades na atribuição de contratos no estado que dirige.
O afastamento de Gregg foi a terceira baixa na equipa do novo presidente norte-americano.
Além de Richardson, Tom Daschle, nomeado para secretário da Saúde, retirou-se do processo de confirmação por problemas relacionados com o não pagamento de impostos.
O estilo informal de Obama é outro dos destaques destes primeiros 30 dias.
Da indumentária à agenda, Obama impôs um estilo um pouco mais informal no dia-a-dia da Casa Branca.
Por exemplo, recebe o relatório sobre os serviços secretos e a economia depois das 09:00, duas horas mais tarde do que o fazia o antigo Presidente George W. Bush, e fica a trabalhar até depois da meia-noite, uma grande diferença em relação ao antecessor, que encerrava o horário de trabalho mais cedo.
"O estilo do presidente Obama é mais acessível e aberto. É um estilo que o ajudará durante um período de grandes dificuldades económicas", afirmou Darrell West, director de estudos sobre governabilidade do Brookings Institution.
"Durante as crises, o povo quer um líder com o qual se possa identificar. O seu estilo é uma enorme vantagem para estes primeiros dias como presidente", reforçou.
SAPO/Lusa
 
Última edição:
Topo