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O Papa Bento XVI decidiu no Consistório de ontem canonizar o beato Nuno Álvares Pereira no próximo dia 26 de Abril, a par de quatro beatos italianos: Caterina Volpicelli, Gertrude Comensoli, Bernardo Tolomei e Arcangelo Tadini.
A cerimónia, que terá lugar na Praça de S. Pedro, no Vaticano, vai contar com a presença do patriarca de Lisboa, da maior parte dos bispos portugueses, de vários governantes e, líderes partidários e, tudo indica, do Presidente da República.
Aliás, ontem mesmo Cavaco Silva congratulou-se com a canonização de Nuno Álvares Pereira, frisando que "esta figura maior da nossa História, no passado como no presente, deve inspirar os portugueses na busca de um futuro melhor".
Há mais de meio século que Portugal não via nenhum dos seus a ter direito à veneração universal. O último foi S. João de Brito, canonizado a 22 de Junho de 1947. Aliás, após a independência, Portugal só ‘pôs’ nove santos nos altares (sete santos e duas santas), dez agora com o beato Nuno de Santa Maria.
O padre carmelita Francisco Rodrigues, vice-postulador da causa de canonização de Beato Nuno, disse ao CM que "todo o País vai ser chamado a unir-se a esta causa", referindo que "terá de ser feito um esforço grande no sentido de ter o maior número possível de portugueses em Roma, no dia 26 de Abril, a assistir à cerimónia".
A causa, que teve o apoio da diocese de Lisboa, foi conduzida pelos Carmelitas e o responsável pela Ordem em Portugal, Agostinho Castro, disse que se trata de "um momento de grande alegria para a Igreja". A memória litúrgica do beato Nuno de Santa Maria celebra-se a 6 de Novembro.
PERFIL
Condestável. Nuno Álvares Pereira (1360-1431) foi condestável do reino e mordomo-mor. Comandou a Batalha de Aljubarrota.
"SINTO UMA PAZ", DIZ GUILHERMINA
A cura milagrosa foi relatada por uma mulher residente em Ourém, Guilhermina de Jesus, de 65 anos, que tinha uma úlcera na córnea e recuperou de forma inesperada. Ontem, contou ao CM que sente "uma paz enorme", tal como no dia em que recebeu "esta graça", pela qual agradece "a Deus e ao beato Nuno". A mulher estava a fritar peixe quando o olho esquerdo foi atingido por salpicos de óleo a ferver, causando uma ferida grave. Os médicos diziam-lhe que a única hipótese de cura seria um transplante da córnea. Devota do beato Nuno, um dia, enquanto estava a rezar, Guilhermina de Jesus tocou com uma imagem do Santo Condestável no olho ferido, invocou o seu nome e pediu-lhe que a curasse. O gesto de imediato lhe despertou uma sensação de paz e sentiu que o olho ferido deixou de lacrimejar, recuperando a visão. Só na manhã seguinte relatou o facto à família.
NOTAS
CASA DE BRAGANÇA
D. Duarte é um dos descendentes de D. Nuno, já que a filha do Santo Condestável casou com o primeiro Duque de Bragança.
RESPOSTA MUÇULMANA
A organização Al Furqán publicou um livro para esclarecer as declarações de D. José Policarpo sobre o casamento com muçulmanos.
OS 21 SANTOS
ANTERIORES À NACIONALIDADE
Séc. I - S. Pedro de Rates (1.º bispo de Braga)
- S. Basílio (2.º bispo de Braga)
Séc. II - Santo Ovídio (3.º bispo de Braga)
Séc. III - S. Brissos (bispo de Évora)
- S. Gens (bispo de Lisboa)
Séc. IV - S. Dâmaso (Norte do país)
- S. Vítor (mártir de Braga)
Séc. VI - S. Martinho de Dume (arcebispo de Braga)
- Santa Iria (Tomar)
Séc. VII - S. Frutuoso (arcebispo de Braga)
Séc. VIII - S. Torcato (arcebispo de Braga)
Séc. XI - S. Geraldo (arcebispo de Braga)
APÓS A NACIONALIDADE
Séc. XII - S. Teotónio (Valença do Minho) – considerado o primeiro santo português
Séc. XIII - Santo António (Lisboa) Declarado santo em 1232, um ano após a sua morte
- S. Gualter (Guimarães)
- S. Frei Gil (Santarém) Canonizado em 1748
Séc. XIV - Santa Isabel (Rainha de Portugal)
Séc. XV - Santa Beatriz da Silva (Campo Maior) Canonizada por Pio XI em 1926
Séc. XVI - S. João de Deus (Lisboa) Canonizado em 1690
- S. Gonçalo Garcia (nasceu na Índia) Canonizado por Pio IX em 1862
Séc. XVII - S. João de Brito (Lisboa) Canonizado por Pio XII em 1947
Secundino Cunha/ I.J.
A cerimónia, que terá lugar na Praça de S. Pedro, no Vaticano, vai contar com a presença do patriarca de Lisboa, da maior parte dos bispos portugueses, de vários governantes e, líderes partidários e, tudo indica, do Presidente da República.
Aliás, ontem mesmo Cavaco Silva congratulou-se com a canonização de Nuno Álvares Pereira, frisando que "esta figura maior da nossa História, no passado como no presente, deve inspirar os portugueses na busca de um futuro melhor".
Há mais de meio século que Portugal não via nenhum dos seus a ter direito à veneração universal. O último foi S. João de Brito, canonizado a 22 de Junho de 1947. Aliás, após a independência, Portugal só ‘pôs’ nove santos nos altares (sete santos e duas santas), dez agora com o beato Nuno de Santa Maria.
O padre carmelita Francisco Rodrigues, vice-postulador da causa de canonização de Beato Nuno, disse ao CM que "todo o País vai ser chamado a unir-se a esta causa", referindo que "terá de ser feito um esforço grande no sentido de ter o maior número possível de portugueses em Roma, no dia 26 de Abril, a assistir à cerimónia".
A causa, que teve o apoio da diocese de Lisboa, foi conduzida pelos Carmelitas e o responsável pela Ordem em Portugal, Agostinho Castro, disse que se trata de "um momento de grande alegria para a Igreja". A memória litúrgica do beato Nuno de Santa Maria celebra-se a 6 de Novembro.
PERFIL
Condestável. Nuno Álvares Pereira (1360-1431) foi condestável do reino e mordomo-mor. Comandou a Batalha de Aljubarrota.
"SINTO UMA PAZ", DIZ GUILHERMINA
A cura milagrosa foi relatada por uma mulher residente em Ourém, Guilhermina de Jesus, de 65 anos, que tinha uma úlcera na córnea e recuperou de forma inesperada. Ontem, contou ao CM que sente "uma paz enorme", tal como no dia em que recebeu "esta graça", pela qual agradece "a Deus e ao beato Nuno". A mulher estava a fritar peixe quando o olho esquerdo foi atingido por salpicos de óleo a ferver, causando uma ferida grave. Os médicos diziam-lhe que a única hipótese de cura seria um transplante da córnea. Devota do beato Nuno, um dia, enquanto estava a rezar, Guilhermina de Jesus tocou com uma imagem do Santo Condestável no olho ferido, invocou o seu nome e pediu-lhe que a curasse. O gesto de imediato lhe despertou uma sensação de paz e sentiu que o olho ferido deixou de lacrimejar, recuperando a visão. Só na manhã seguinte relatou o facto à família.
NOTAS
CASA DE BRAGANÇA
D. Duarte é um dos descendentes de D. Nuno, já que a filha do Santo Condestável casou com o primeiro Duque de Bragança.
RESPOSTA MUÇULMANA
A organização Al Furqán publicou um livro para esclarecer as declarações de D. José Policarpo sobre o casamento com muçulmanos.
OS 21 SANTOS
ANTERIORES À NACIONALIDADE
Séc. I - S. Pedro de Rates (1.º bispo de Braga)
- S. Basílio (2.º bispo de Braga)
Séc. II - Santo Ovídio (3.º bispo de Braga)
Séc. III - S. Brissos (bispo de Évora)
- S. Gens (bispo de Lisboa)
Séc. IV - S. Dâmaso (Norte do país)
- S. Vítor (mártir de Braga)
Séc. VI - S. Martinho de Dume (arcebispo de Braga)
- Santa Iria (Tomar)
Séc. VII - S. Frutuoso (arcebispo de Braga)
Séc. VIII - S. Torcato (arcebispo de Braga)
Séc. XI - S. Geraldo (arcebispo de Braga)
APÓS A NACIONALIDADE
Séc. XII - S. Teotónio (Valença do Minho) – considerado o primeiro santo português
Séc. XIII - Santo António (Lisboa) Declarado santo em 1232, um ano após a sua morte
- S. Gualter (Guimarães)
- S. Frei Gil (Santarém) Canonizado em 1748
Séc. XIV - Santa Isabel (Rainha de Portugal)
Séc. XV - Santa Beatriz da Silva (Campo Maior) Canonizada por Pio XI em 1926
Séc. XVI - S. João de Deus (Lisboa) Canonizado em 1690
- S. Gonçalo Garcia (nasceu na Índia) Canonizado por Pio IX em 1862
Séc. XVII - S. João de Brito (Lisboa) Canonizado por Pio XII em 1947
Secundino Cunha/ I.J.