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Albufeira: Brincadeira de 'wrestling' acaba mal

joseseg

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Mai 26, 2007
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Imitar os ataques do Undertaker ou do Triple H pode até parecer divertido, mas não é à toa que os campeões do Wrestling dizem para "não tentar fazer isto em casa". Esqueceram-se de avisar que na escola, também não dá.

Uma criança de nove anos ficou ontem inconsciente depois de ter sido atacada pelos seus colegas, numa simulação de luta livre, na Escola EB1 dos Caliços em Albufeira. Tudo aconteceu no período do almoço, quando brincavam ao ar livre, imitando os movimentos agressivos do wrestling.

O rapaz terá levado um pontapé nas costas, vários colegas caíram-lhe em cima numa 'placagem' que acabou mal e que a escola tentou fazer passar por uma queda.

A cambalear, o rapaz foi ajudado por uma auxiliar que acabou por ligar para o 112, mas o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) relativizou o caso e reencaminhou-o para os bombeiros.

Nos instantes seguintes, a criança ficou imóvel e perdeu os sentidos. Após segundo contacto telefónico, o INEM enviou uma ambulância que chegou quatro minutos depois. "Entre o primeiro e o segundo telefonema decorreu um minuto, e a chegada da ambulância deu-se em quatro minutos", relata ao Expresso Raquel Leal, do gabinete de comunicação do INEM.

Mas a escola tem versão diferente: "Às 13h15 houve um primeiro contacto para o INEM por uma funcionária, na presença do aluno e do coordenador do estabelecimento e a funcionária transmitiu ao INEM que o aluno estava consciente e tinha dores nas costas", disse ao Expresso Clara Pinto, presidente do agrupamento António Coutinho, a que a escola pertence. "O INEM disse para ligar para os bombeiros, mas entretanto a criança ficou inconsciente e a escola acabou por contactar de novo o 112. Eram 13h40 quando a ambulância chegou".

Inicialmente, ao Expresso, a responsável afirmou que se tratara de uma queda da criança, versão não corroborada pelo gabinete de comunicação do INEM. "Fomos informados na altura de que um colega lhe teria dado um pontapé nas costas e que os outros caíram em cima dele", afirma Raquel Leal.

Confrontada com esta versão, Clara Pinto acabou mais tarde por admitir ter-se tratado de uma brincadeira e não de uma agressão: "Não há violência intencional, eles apenas imitaram o que vêem na televisão. Aliás, o coordenador já disse várias vezes às funcionárias para proibirem essas brincadeiras", acrescentou.

Em declarações à agência Lusa, o coordenador da escola, Celestino Biscainho, queixou-se da demora do INEM: "Como pode uma operadora avaliar o grau de gravidade de uma situação perante o que lhe é descrito? Os acidentes com crianças não serão sempre emergentes?", questionou o professor.

O rapaz foi imobilizado e transportado para o Centro de Saúde de Albufeira, mas não apresentava quaisquer fracturas e acabou por ser levado para casa pelos encarregados de educação. Segundo a escola, estes últimos não apresentaram queixa, mas ainda assim a criança será ouvida no regresso das férias do Carnaval, para aferir da veracidade das declarações dos colegas, que na sala de aula "e a chorar" admitiram ter-se tratado de uma brincadeira que correu mal.

Expresso
 
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