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Tigres Tamil oferecem hipótese de tréguas mas não aceitam depor as armas

joseseg

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Mai 26, 2007
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Os guerrilheiros rebeldes Tigres Tamil, do Sri Lanka, anunciaram ontem estarem receptivos a uma trégua com as autoridades do país, apelando a uma intervenção da comunidade internacional para que seja imposto um cessar-fogo. A oferta foi liminarmente rejeitada pelo exército cingalês, uma vez que os rebeldes rejeitaram a ideia de entregarem as suas armas.

“A nossa posição não mudou”, avisou prontamente o general Udaya Nanayakkara, citado pela agência noticiosa britânica Reuters, sublinhando que as autoridades do país exigem “a deposição das armas e rendição” dos Tigres de Libertação do Eelam Tamil (LTTE). Mas os rebeldes argumentam que as armas são-lhes “necessárias” para garantir a sobrevivência da minoria étnica tamil nesta pequena ilha do Oceano Índico, assolada pela mais longa guerra civil da Ásia.

Em carta enviada às Nações Unidas, e dirigida a toda a comunidade internacional, os Tigre Tamil argumentam que as forças armadas do Sri Lanka têm vindo a utilizar armamento pesado – artilharia e "rockets" – contra as populações civis.

“Mais de duas mil pessoas já foram mortas e mais de cinco mil feridas. É doloroso ver o mundo manter-se em silêncio como se estivesse a divertir-se com o que aqui se está a passar”, afirmou o líder político dos rebeldes, Balasingham Nadesan, igualmente citado pela Reuters, reiterando a vontade dos Tigres Tamil em aceitar “um cessar-fogo emitido pela comunidade internacional com a boa intenção de pôr termo ao sofrimento humano”.

No documento enviado à ONU, os Tigre Tamil diziam-se “dispostos a discutir, cooperar e trabalhar juntos no quadro desses esforços para estabelecer um cessar-fogo imediato e encontrar uma solução política”. Desde há duas semanas, o exército do Sri Lanka mantém uma ofensiva intensiva contra um dos últimos grupos de guerrilheiros rebeldes, que se escondem – sob duro cerco – ao longo de uns 100 quilómetros de selva, com milhares de civis de premeio entre os dois campos de combatentes.

Estados Unidos, União Europeia, Japão e Noruega – que têm desempenhado um papel chave no muito difícil processo de paz no Sri Lanka – instaram, no início deste mês, os rebeldes a admitirem a possibilidade de rendição, a renunciarem à violência e a aceitarem uma oferta de amnistia feita pelo Governo. Mais. Urgiram os Tigres a participarem “como uma parte política no processo em busca de uma solução política duradoura”.

Mas a declaração agora feita pela guerrilha rebelde coloca o enfoque num apelo à comunidade internacional para que aja de forma a “pôr fim aos ataques genocidas contra o povo tamil” – e não numa chamada à deposição das armas.

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