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Washington, 25 Fev (Lusa) - O presidente norte-americano, Barack Obama, prometeu terça-feira aos inquietos norte-americanos a reforma e o rigor, assegurando-lhes no seu primeiro grande discurso programa que o seu país sairá mais forte da sua pior crise económica das últimas décadas.
"A nossa economia está enfraquecida e a nossa confiança abalada. Vivemos tempos difíceis e incertos. Mas esta noite quero que todos os norte-americanos saibam isto: Vamos reconstruir, vamos restabelecer-nos, e os Estados Unidos da América sairão mais fortes do que antes", disse Obama, tentando dar confiança ao motor da economia norte-americana.
No seu discurso solenemente dirigido às duas câmaras reunidas do Parlamento, e aos norte-americanos, Barack Obama destacou a necessidade "de sacrifícios" para reduzir para metade, até ao fim do seu mandato em 2013, um défice federal que poderá exceder o número faraónico de 1.500 mil milhões de dólares este ano.
Mas também utilizou esta tribuna excepcional e este discurso, que equivale para todos os novos presidentes à alocução anual sobre o estado da União, para manifestar a uma hora de grande audiência a sua vontade de efectuar este ano uma grande reforma da cobertura social.
Obama prometeu fazer com que a América volte a ter até 2020 a mais forte taxa de universitários diplomados em todo o Mundo e aumentar os impostos sobre os ricos.
Eleito sobre a promessa da mudança, Obama prometeu investir nas novas tecnologias e nas energias renováveis para construir uma nova economia.
O chefe de Estado norte-americano pressionou igualmente o Congresso a apresentar novos regulamentos para o sistema financeiro e uma lei que imponha quotas de emissões dos gases com efeito de estufa.
Mas o Estado deve apurar o seu crédito a descoberto, disse Obama.
O seu primeiro orçamento, que será apresentado quinta-feira para o ano de 2010, eliminará os contratos sem concurso, que custaram muito dinheiro no Iraque, e reformará o orçamento da Defesa.
Tudo "de modo a que não se tenham de pagar sistemas de armas que datam da Guerra-fria e dos quais não nos servimos", assinalou o presidente.
Este orçamento, reflexo "da realidade crua" da crise que herdou, cortará nos programas inúteis ou inoperantes e o seu governo já identificou 2.000 mil milhões de dólares de poupanças possíveis em 10 anos, declarou.
Obama voltou a elaborar um quadro "honesto" da crise, segundo a sua administração: "O impacto desta recessão é real e está por toda a parte".
A reacção imediata dos mercados às medidas de urgência às quais Obama se consagrou durante o seu primeiro mês de governação foi desfavorável.
Obama disse aos norte-americanos que não têm que temer pelos seus depósitos bancários e que o seu "sistema financeiro continua a operar".
Apesar do medo dos accionistas de uma nacionalização dos grandes bancos, Obama disse que vai velar para que tenham bastante dinheiro para emprestar e favorecer o consumo.
Os norte-americanos pensam geralmente que serão necessários anos para sair do marasmo mais profundo desde os anos 30.
No entanto, os norte-americanos parecem dispostos a dar tempo a Obama, que assumiu funções no país em plena crise económica e financeira.
Segundo uma sondagem para o Washington Post e a ABC, 68 por cento dos norte-americanos aprovam a sua acção.
A política externa foi relegada para segundo plano, mas Obama congratulou-se com o facto dos Estados Unidos terem aberto "uma nova era de diálogo" com o Mundo.
LMP
Lusa/fim
JN
"A nossa economia está enfraquecida e a nossa confiança abalada. Vivemos tempos difíceis e incertos. Mas esta noite quero que todos os norte-americanos saibam isto: Vamos reconstruir, vamos restabelecer-nos, e os Estados Unidos da América sairão mais fortes do que antes", disse Obama, tentando dar confiança ao motor da economia norte-americana.
No seu discurso solenemente dirigido às duas câmaras reunidas do Parlamento, e aos norte-americanos, Barack Obama destacou a necessidade "de sacrifícios" para reduzir para metade, até ao fim do seu mandato em 2013, um défice federal que poderá exceder o número faraónico de 1.500 mil milhões de dólares este ano.
Mas também utilizou esta tribuna excepcional e este discurso, que equivale para todos os novos presidentes à alocução anual sobre o estado da União, para manifestar a uma hora de grande audiência a sua vontade de efectuar este ano uma grande reforma da cobertura social.
Obama prometeu fazer com que a América volte a ter até 2020 a mais forte taxa de universitários diplomados em todo o Mundo e aumentar os impostos sobre os ricos.
Eleito sobre a promessa da mudança, Obama prometeu investir nas novas tecnologias e nas energias renováveis para construir uma nova economia.
O chefe de Estado norte-americano pressionou igualmente o Congresso a apresentar novos regulamentos para o sistema financeiro e uma lei que imponha quotas de emissões dos gases com efeito de estufa.
Mas o Estado deve apurar o seu crédito a descoberto, disse Obama.
O seu primeiro orçamento, que será apresentado quinta-feira para o ano de 2010, eliminará os contratos sem concurso, que custaram muito dinheiro no Iraque, e reformará o orçamento da Defesa.
Tudo "de modo a que não se tenham de pagar sistemas de armas que datam da Guerra-fria e dos quais não nos servimos", assinalou o presidente.
Este orçamento, reflexo "da realidade crua" da crise que herdou, cortará nos programas inúteis ou inoperantes e o seu governo já identificou 2.000 mil milhões de dólares de poupanças possíveis em 10 anos, declarou.
Obama voltou a elaborar um quadro "honesto" da crise, segundo a sua administração: "O impacto desta recessão é real e está por toda a parte".
A reacção imediata dos mercados às medidas de urgência às quais Obama se consagrou durante o seu primeiro mês de governação foi desfavorável.
Obama disse aos norte-americanos que não têm que temer pelos seus depósitos bancários e que o seu "sistema financeiro continua a operar".
Apesar do medo dos accionistas de uma nacionalização dos grandes bancos, Obama disse que vai velar para que tenham bastante dinheiro para emprestar e favorecer o consumo.
Os norte-americanos pensam geralmente que serão necessários anos para sair do marasmo mais profundo desde os anos 30.
No entanto, os norte-americanos parecem dispostos a dar tempo a Obama, que assumiu funções no país em plena crise económica e financeira.
Segundo uma sondagem para o Washington Post e a ABC, 68 por cento dos norte-americanos aprovam a sua acção.
A política externa foi relegada para segundo plano, mas Obama congratulou-se com o facto dos Estados Unidos terem aberto "uma nova era de diálogo" com o Mundo.
LMP
Lusa/fim
JN