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“Aquela casa parecia um mar de sangue”

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Nov 18, 2007
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Já estão em Silves, junto da avó paterna, as três crianças que na segunda-feira à noite viram os pais serem atingidos a tiro na própria casa pelo namorado da mãe. Recorde-se que Luís Gomes, o pai, de 34 anos, teve morte imediata; Tânia, de 29, está em estado muito grave no Hospital de São José, com a vida presa pelo ventilador. Isaac, guarda-prisional, não controlou os ciúmes e atirou à queima-roupa com a pistola 7,65 mm de serviço, em Vialonga, Vila Franca de Xira. Com o último tiro suicidou-se.

"Ainda não conseguimos acreditar que isto é verdade", lamentava ao CM Luís Caldeira, primo da vítima. "Aquela casa parecia um verdadeiro inferno. Havia sangue por todo o lado e ainda agora não consigo esquecer-me daquele pesadelo." Foi com este relato arrepiante que Luís descreveu o local do crime, ao qual teve de regressar ontem de manhã. A família de Luís Gomes está muito preocupada com o bem-estar das crianças, que ainda não sabem que o pai morreu. "Por enquanto não lhes vamos contar. A família já os levou para o Algarve. É tudo muito triste. São muito pequenos [com 11, seis e ano e meio ]."

Já no bairro da Icesa, também em Vialonga, onde o homicida vivia com os pais, reina a incredulidade. "Afável e respeitador" para uns e "pessoa de sangue quente" para outros, Isaac Correia, 45 anos, era sobretudo conhecido como vice--presidente do Grupo Desportivo Os Patuscos, há quatro anos, onde treinava o filho da vítima. Era guarda prisional no Montijo. Deixa órfãos três menores, de anteriores relacionamentos.

"CRIANÇAS TÊM DE SABER QUE O PAI MORREU", Nelson Lima, Neuropsicólogo

Correio da Manhã – Que consequências psicológicas terá esta tragédia nas crianças?

Nelson Lima – Antes de mais elas têm de receber urgentemente apoio psicológico. Apesar de me parecerem fortes, podem vir a ter uma depressão.

– Qual o papel da família nestes casos?

– Depende da família, mas é fundamental sentirem o seu apoio. A família tem de estar muito atenta a todos os sinais. Foi um trauma muito grande.

– As crianças ainda não sabem que o pai morreu. É a atitude correcta por parte da família?

– Não. Apesar de serem muito novas, as crianças têm de saber, porque podem vir a criar falsas expectativas e ser pior. Mas tem de ser com muito cuidado. n M.P.

PORMENORES

'CM' ERROU

Tânia continuava ontem ligada ao ventilador, ao contrário do que o ‘CM’ noticiou na véspera, induzido em erro. Pedimos desculpa à família.

VIVIA COM O PAI

O filho mais velho de Luís e Tânia Gomes vivia com o pai em Silves e ainda não sabe da sua morte. Os familiares algarvios temem agora pela reacção do menor.

FUNERAL

O corpo de Luís Gomes será transportado para Silves, onde será enterrado. Desconhece-se, no entanto, a data precisa da realização do funeral.
Magali Pinto com M.C. e A.P
 
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