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Efeito estufa ameaça cavernas pré-históricas na França
Geólogos, biólogos e outros cientistas fizeram um alerta para a necessidade de interromper o alastramento de fungos, agravados pelo aquecimento global, que danificam as pinturas pré-históricas das cavernas de Lascaux, na França.
Manchas negras se espalharam pelos murais de búfalos, felinos e outras imagens, e os cientistas pedem que algo que seja feito urgentemente. Marc Gaulthier, que lidera o Comitê Científico Internacional da Caverna de Lascaux, disse que o desafio que o grupo enfrenta é amplo e que o efeito estufa agora é um agravante importante.
"Todos os problemas de Lascaux sempre foram ligados à climatização da caverna, ou seja, o equilíbrio do ar dentro do ambiente" disse Gaulthier numa coletiva de imprensa antes do simpósio.
Agora, as temperaturas crescentes complicaram a situação pois impedem que o ar circule. "Está estagnado, imóvel e congelado dentro da caverna" resumiu Gaulthier.
Isto faz com que equipes de cientistas visitem os locais em risco, e sua presença aumente os níveis de umidade e de temperatura, contribuindo ainda mais para o desenvolvimento de fungos diferentes, algas e bactérias que atacam as cavernas com o tempo. Outros fatores por trás das manchas incluem a presença de microorganismos naturais e a cobertura química das rochas que formam as paredes, segundo os especialistas.
"No momento, estamos contando apenas com a esperança de que as cavernas se curem sozinhas".
Duas soluções possíveis a ser examinadas incluem a instalação de um sistema para regular a temperatura da caverna e o uso de biosidas, que matam as bactérias e já foram usados antes nas cavernas, com resultados variados. Cientistas de várias partes do mundo, como Estados Unidos, Nova Zelândia e Japão foram ao simpósio de dois dias. As conclusões, divulgadas nesta quinta-feira, podem ajudar a preservar cavernas no Japão e na Espanha também.
Em 1963, Lascaux, um destino muito procurado por turistas, foi fechado ao público depois do aparecimento de algas verdes e outros danos que foram atribuídos aos visitantes. Uma réplica da principal caverna de Lascaux foi construída próxima do local e virou atração.
Métodos de datação de carbono sugerem que os murais foram criados de 15 mil a 17.500 anos atrás. Descoberta em 1940, a caverna é uma herança mundial da Unesco.
As 600 imagens de bisões, cavalos, bois e cabras selvagens, correndo ou saltando, são consideradas os mais refinados exemplos de pinturas rupestres do mundo. Acredita-se que tenham sido pintadas por caçadores que usavam minerais para obter pigmentos vermelho, marrom e preto.
JB Online
Geólogos, biólogos e outros cientistas fizeram um alerta para a necessidade de interromper o alastramento de fungos, agravados pelo aquecimento global, que danificam as pinturas pré-históricas das cavernas de Lascaux, na França.
Manchas negras se espalharam pelos murais de búfalos, felinos e outras imagens, e os cientistas pedem que algo que seja feito urgentemente. Marc Gaulthier, que lidera o Comitê Científico Internacional da Caverna de Lascaux, disse que o desafio que o grupo enfrenta é amplo e que o efeito estufa agora é um agravante importante.
"Todos os problemas de Lascaux sempre foram ligados à climatização da caverna, ou seja, o equilíbrio do ar dentro do ambiente" disse Gaulthier numa coletiva de imprensa antes do simpósio.
Agora, as temperaturas crescentes complicaram a situação pois impedem que o ar circule. "Está estagnado, imóvel e congelado dentro da caverna" resumiu Gaulthier.
Isto faz com que equipes de cientistas visitem os locais em risco, e sua presença aumente os níveis de umidade e de temperatura, contribuindo ainda mais para o desenvolvimento de fungos diferentes, algas e bactérias que atacam as cavernas com o tempo. Outros fatores por trás das manchas incluem a presença de microorganismos naturais e a cobertura química das rochas que formam as paredes, segundo os especialistas.
"No momento, estamos contando apenas com a esperança de que as cavernas se curem sozinhas".
Duas soluções possíveis a ser examinadas incluem a instalação de um sistema para regular a temperatura da caverna e o uso de biosidas, que matam as bactérias e já foram usados antes nas cavernas, com resultados variados. Cientistas de várias partes do mundo, como Estados Unidos, Nova Zelândia e Japão foram ao simpósio de dois dias. As conclusões, divulgadas nesta quinta-feira, podem ajudar a preservar cavernas no Japão e na Espanha também.
Em 1963, Lascaux, um destino muito procurado por turistas, foi fechado ao público depois do aparecimento de algas verdes e outros danos que foram atribuídos aos visitantes. Uma réplica da principal caverna de Lascaux foi construída próxima do local e virou atração.
Métodos de datação de carbono sugerem que os murais foram criados de 15 mil a 17.500 anos atrás. Descoberta em 1940, a caverna é uma herança mundial da Unesco.
As 600 imagens de bisões, cavalos, bois e cabras selvagens, correndo ou saltando, são consideradas os mais refinados exemplos de pinturas rupestres do mundo. Acredita-se que tenham sido pintadas por caçadores que usavam minerais para obter pigmentos vermelho, marrom e preto.
JB Online