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O Poder dos ''Orixás''

xatux

GF Ouro
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Fortes, festeiros, sensuais, os deuses africanos aportaram aqui junto com os escravos e acabaram conquistando gente de todas as raças e credos.Descubra você também os segredos do axé, a força vital concedida por eles


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Pelos dados do Censo 2000 há cerca de 530 mil brasileiros que professam as religiões afro-brasileiras, o número de pessoas que acredita no poder dos orixás - e no axé, a força vital concedida por eles - é muito maior. O magnetismo dos deuses africanos que regem as matas, os oceanos, os ventos e as tempestades ultrapassou a fronteira dos terreiros para exercer sua influência sobre adeptos dos mais variados credos ou até mesmo sobre aqueles que não professam religião alguma, mas reverenciam a natureza. Reinando absolutos no candomblé, a religião trazida da África pelos escravos, os orixás também estão presentes na umbanda, que nasceu no Brasil no início do século 20, misturando elementos de ritos africanos, catolicismo, espiritismo e ocultismo. Nesse caldeirão da umbanda, eles convivem com entidades como os caboclos e pretos-velhos, de linhagem inferior, já que não são deuses, e sim espíritos. A coreógrafa Ana Vitória se apaixonou pelos orixás durante um curso de dança afro na Universidade da Bahia. A atração foi tão grande que nem a sólida formação católica nem os anos passados em colégio de freiras constituíram obstáculo para a aproximação. Sou protegida de Oxóssi e filha de Oxum, a deusa do amor e da fertilidade. "Estava tentando ter uma segunda filha quando dancei para ela num espetáculo-solo. Com isso, acho que abri um canal, pois logo depois engravidei."

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ORAÇÃO PARA OS ORIXÁS

Deus salve o Grito do grande Rei Xangô, que expulsa de nosso meio médiuns mentirosos e charlatões!

Deus salve a Espada de Ogum, que corta de nossos caminhos os que alimentam o ódio e a inveja!

Deus salve a Flecha de Oxossi, que mata o pássaro da maldade e da traição!

Deus salve as Águas de Oxum, que lava nossos caminhos da mentira e da falsidade!

Deus salve os Ventos de Iansã, que expulsa os que alimentam pensamentos de promiscuidade e infidelidade!

Deus salve as Águas de Iemanjá, que lava nossos terreiros dos que alimentam a falta de amor e respeito ao próximo!

Deus salve as Chuvas de Nanã, que trazem o peso da responsabilidade, afastando os ociosos e oportunistas!

Deus salve o Cajado de Omulu, que expulsa as doenças do egoísmo e da desordem!

Deus salve Nosso Pai Oxalá, salvaguardando nossa Umbanda daqueles que ainda não conhecem o verdadeiro sentido da caridade!

DEUS SALVE A NOSSA UMBANDA! … e não desampare os que ainda se arrastam pelos caminhos da ignorância e da hipocrisia



Na opinião da antropóloga Rita Segato, o panteão africano funciona como um zodíaco à brasileira, um poderoso instrumento de decifração e de leitura de personalidades, porque cada pessoa tem o próprio orixá baseado no seu jeito de ser. "Mas a palavra final é do jogo de búzios, que confirma quem será seu guia por toda a vida", ensina ela, que também é professora da Universidade de Brasília e autora do livro SANTOS E DAIMONES: O POLITEÍSMO AFROBRASILEIRO E A TRADIÇÃO ARQUETIPAL (EDITORA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA). O famoso oráculo de búzios é consultado pelos pais e mães-de-santo do candomblé. Eles têm autoridade para dar conselhos e, além do "orixá de cabeça", apontam quem é o "juntó", um segundo protetor, que também influi no caráter. Enquanto na África o panteão integra mais de 400 deuses, no Brasil a lista não ultrapassa duas dúzias, entre os quais há nove que disparam em popularidade: Iemanjá, Oxum, Ogum, Xangô, Oxóssi, Iansã, Obaluaiê ou Omulu, Oxalá e Exu. Todos contam com correspondentes na Igreja Católica, pois, como os escravos eram proibidos de cultuá-los, procuravam paralelos para despistar os senhores de engenho. Assim, Iemanjá é Nossa Senhora da Conceição; já o polêmico Exu não combinava com santo nenhum e foi erroneamente associado ao diabo. As razões são históricas, acredita Armando Vallado, sociólogo e pai-de-santo, autor do livro IEMANJÁ, A GRANDE MÃE AFRICANA DO BRASIL (ED. PALLAS): "Exu é um orixá brincalhão, o mediador entre os humanos e deuses. Sua aura de intensa sexualidade apavorou os jesuítas na época em que as religiões africanas chegaram ao Brasil". A questão é que, sem Exu, o mensageiro, não conseguimos nos comunicar com os deuses. "Por isso é importante tratá-lo bem, acendendo velas e oferecendo-lhe bebidas e comidas", explica o músico Luis Felipe de Lima. Filho de Oxalá, não descuida dos outros deuses e sabe como agradar a todos eles.

Fonte: Internet

 
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