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Sócrates e Ferreira Leite não se podem ver

joseseg

GF Ouro
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"Hiato: fenda; intervalo; falha; lacuna". É este o substantivo que melhor define as inexistentes relações entre José Sócrates e Manuela Ferreira Leite, segundo as entourages do primeiro-ministro e da líder do PSD. Não se encontra quem diga o contrário: Sócrates e Manuela não se dão e prova disso é a forma como há sete meses arrastam a escolha do novo provedor de Justiça.

Para uns, Manuela é um "Cavaco de saias", para outros, Sócrates parece-se com o Chefe de Estado. O que levaria a esperar que tivessem muito em comum. Mas quem assistiu aos raros encontros entre ambos relata "audiências surrealistas", onde a incapacidade de comunicação transforma minutos em horas. Improdutivas, ainda por cima.

À margem das poucas conversas que tiveram até hoje (quase sempre antes dos conselhos europeus), a situação agrava-se e o fracasso é total. Manuela e Sócrates nunca falam, não se telefonam e não disfarçam a antipatia que nutrem um pelo outro. A líder do PSD nunca escondeu em privado a avaliação depreciativa que faz do primeiro-ministro (PM) e este não esquece a relação de proximidade de Manuela com Cavaco, que o incomoda.

No Portugal democrático, não há memória de um relacionamento assim entre o chefe de Governo e o líder da Oposição. Independentemente de terem maior ou menor química pessoal e maiores ou menores divergências políticas, os sucessivos PM souberam preservar com os seus principais adversários a relação institucional. Que permitiu negociar importantes acordos políticos e assegurar uma normal troca de informações.

Com Sócrates e Manuela é o hiato. Incompreensível, sobretudo a meio de uma crise inédita que justificaria por si só uma troca de impressões regular entre os protagonistas políticos do país. Manuela bem avisou, mal assumiu o poder no PSD: "Bloco Central? Só se eu fosse doida", disse ao Expresso. Na altura ninguém adivinhou o que aí vinha.

Nunca visto
Hirto, formal e pouco dado a espontaneidades, nem por isso Cavaco Silva regista no currículo uma relação ineficaz com os três líderes da oposição que conheceu enquanto PM. Com Vítor Constâncio, a quem tratava por "tu" e com quem partilhava uma linguagem muito económica, Cavaco assinou a primeira revisão constitucional profunda, registada para a posteridade num simbólico aperto de mão.

Com Jorge Sampaio, Cavaco não teve uma relação tão empática mas partilhavam o mesmo sentido do interesse nacional. E falavam regularmente. António Manuel, ex-assessor de Sampaio, recorda que o então PM, num gesto insólito, chamou o líder do PS de emergência em Agosto: "Sampaio estava nos Açores e viu-se e achou-se para ter avião. Valeu-lhe um piloto amigo que o trouxe na cabina".

Com Guterres, as afinidades de Cavaco eram praticamente nenhumas mas a relação institucional nunca foi afectada. Na presidência da União Europeia (1992) os contactos entre ambos eram regulares e no acordo final sobre a reforma da PAC o PM não esqueceu uma referência explícita ao líder da Oposição.

Entre Fernando Nogueira e António Guterres, a relação foi fugaz mas distendida. Há anos que Nogueira era o responsável no PSD pela ligação ao PS e isso ajudou. Foi, no entanto, com Marcelo Rebelo de Sousa que as relações entre os dois partidos testaram o salto de uma velha amizade para a política pura.

Marcelo lembra-se da primeira conversa que teve com Guterres em S. Bento: "A melhor maneira de um dia chegares cá é não fazeres nada. Se te mexeres muito é pior", disse-lhe o PM. O professor reconhece que ele tinha razão: "Eu mexi-me muito, fiz-lhe a vida negra e as relações deterioram-se". Apesar de tudo, fizeram uma revisão constitucional, convergiram na entrada de Portugal no euro (Isabel Mota, pelo PSD, e Seixas da Costa, pelo Governo, falavam todas as semanas), e Marcelo viabilizou todos os Orçamentos do primeiro Governo de Guterres. A fórmula era simples: Marques Mendes e António Costa negociavam no Parlamento e os líderes afinavam o essencial ao telefone.

Durão Barroso entrou a matar com o discurso do país de tanga herdado dos socialistas, mas nem isso evitou que a tradição da boa relação oficial se cumprisse. Mal foi eleito, Barroso convidou Ferro Rodrigues para almoçar em S. Bento, e viriam a acertar a difícil recomposição do Tribunal Constitucional. Santana Lopes e José Sócrates não acertaram nada, por falta de tempo e de clima - a boa relação que chegaram a firmar como comentadores de TV gelou com a campanha de 2005, a tal que Sócrates associa às "forças ocultas" contra si. Mas ainda começaram a negociar um pacto da justiça, mantiveram-se em contacto sobre política externa e tiveram uma última conversa "de passagem de testemunho, profícua e até descontraída, em que se falou de tudo", recorda Santana.

Foi com Marques Mendes, no entanto, que a relação com um Governo PS voltou a dar frutos. Apesar da tensão latente (Mendes acusou Sócrates, por causa da licenciatura, de "falhas de carácter"), ambos selaram um pacto da justiça histórico, partilharam a negociação de fundos comunitários e fecharam, em 24 horas, a polémica limitação dos mandatos dos autarcas. E até com o fugaz Luís Filipe Menezes, Sócrates foi ouvindo falar de pactos de regime.

Com a chegada de Manuela Ferreira Leite, as relações com o poder socialista entraram numa nova era, uma espécie de guerra fria que ninguém consegue explicar. Marcelo confessa o espanto: "com o país numa crise histórica, é inexplicável e patológico os dois não falarem".

Expresso
 

starserv

GF Prata
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"Hiato: fenda; intervalo; falha; lacuna". É este o substantivo que melhor define as inexistentes relações entre José Sócrates e Manuela Ferreira Leite, segundo as entourages do primeiro-ministro e da líder do PSD. Não se encontra quem diga o contrário: Sócrates e Manuela não se dão e prova disso é a forma como há sete meses arrastam a escolha do novo provedor de Justiça.

Para uns, Manuela é um "Cavaco de saias"

À margem das poucas conversas que tiveram até hoje (quase sempre antes dos conselhos europeus)

No Portugal democrático, não há memória de um relacionamento assim entre o chefe de Governo e o líder da Oposição.

Com Sócrates e Manuela é o hiato.

Nunca visto


Vocês querem melhor agente ««fúnebre»» para as finanças Portuguesas do que essa senhora?
 

hockeyman

GF Prata
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Será ? ou será o contrario? de quaquer maneira neste momento o pais respira prosperidade e riqueza,nao é verdade? Bom mas la fora tambem e assim dizem. Bom mas eu nao me importava nada que o mal da europa em geral fosse igual ao nosso. Aguardemos que passem mais 6 anos para o pais sair do desterro em que se encontra .Sim porque nao é em 2010. Quem tem empresas que o diga.E milagres só os de fátima mas já lá vão ha alguns anos. E não esperem por mais. Esperem sim e a constante queda deste desgraçado país , e as fortunas que agoram dizem que até perderam bastante , dentro de nao muito tempo a recuperarem e provavelmente ainda maiores. O povo esse coitado de nós. Andaremos bem com as calças na mão. Cumprimentos.
 

starserv

GF Prata
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Será ? ou será o contrario? de quaquer maneira neste momento o pais respira prosperidade e riqueza,nao é verdade? Bom mas la fora tambem e assim dizem. Bom mas eu nao me importava nada que o mal da europa em geral fosse igual ao nosso. Aguardemos que passem mais 6 anos para o pais sair do desterro em que se encontra .Sim porque nao é em 2010. Quem tem empresas que o diga.E milagres só os de fátima mas já lá vão ha alguns anos. E não esperem por mais. Esperem sim e a constante queda deste desgraçado país , e as fortunas que agoram dizem que até perderam bastante , dentro de nao muito tempo a recuperarem e provavelmente ainda maiores. O povo esse coitado de nós. Andaremos bem com as calças na mão. Cumprimentos.

Nem mais e venha ele quem vier, ninguém fará nada por nós, teremos sempre um governo fantoche, pois todas as decisões são feitas em Bruxelas, não se esqueçam que o nosso custo de vida mais do que duplicou, desde que Portugal entrou para a moeda única.
Perdemos a nossa independência, não passamos de um estado Europeu, ou província Europeia, como lhe queiram chamar.
Cumps
 
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