Segundo o relato e um jornalista da RTP em Bissau, a mulher do presidente, Isabel Vieira, que se encontrava em casa com o marido, escapou ilesa ao ataque, enquanto que o assessor de imprensa de 'Nino' Veira foi transportado para o hospital com um ferimento de bala no ombro.
A casa de ‘Nino’ Viera está parcialmente destruída e tem sido alvo de pilhagens, segundo a RTP1, que acrescenta que as pessoas começam a juntar-se nas ruas para chorar a morte do presidente.
O canal televisivo informa ainda que os militares mandaram cancelar as emissões da televisão nacional e de várias estações de rádio.
Explosões e tiros continuam a fazer-se sentir na manhã desta segunda-feira em vários locais da capital guineense.
O Governo português já reagiu à morte do presidente guineense, com o Ministério dos Negócios Estrangeiros a condenar veemente o ataque contra a vida do presidente guineense. 'Portugal lamenta profundamente a morte do presidente 'Nino' Viera'', escreve em comunicado a tutela, que acrescenta que vai pedir uma reunião de urgência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que deverá ocorrer nas próximas semanas.
REACÇÕES
“Repudiamos veemente estes atentados, bem como todos os actos que visem alterar, pela força e violência, a ordem constitucional e o normal funcionamento das instituições democraticamente eleitas” (Cavaco Silva, Presidente da República)
'O Presidente Nino Vieira havia sido eleito democraticamente para a mais Alta Magistratura da Nação, pelo que a preservação do normal funcionamento das instituições e o respeito pela ordem constitucional da Guiné-Bissau será a melhor homenagem que poderá ser feita à sua memória” (Cavaco Silva, Presidente da República)
“Lamentamos profundamente o que aconteceu e tudo faremos para ajudar as autoridades de Guiné-Bissau a manter a ordem e a tranquilidade e a poderem repor a ordem constitucional” (José Sócrates, Primeiro-ministro)
“Quero também, em meu nome pessoal e em nome do Governo português, dirigir uma mensagem de sentidas condolências ao presidente da Assembleia Nacional, ao primeiro-ministro e ao povo de Guiné-Bissau” (José Sócrates, Primeiro-ministro)
“O que se passou é muito grave. Queremos consolidar a democracia, a paz e a segurança naquela região (África ocidental. Então, a morte de um Presidente e de um Chefe de Estado Maior é muito grave” (Mohamed Ibn Chambas, secretário-executivo da CEDEAO)
Correio da Manhã