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Devolvida metade da quantia "roubada" via Internet

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Queixoso reportou transferência de 12 mil euros para desconhecido

CGD devolve metade do dinheiro a cliente cuja conta foi violada via Internet


Um cliente da Caixa Geral de Depósitos (CGD) denunciou à Polícia Judiciária uma alegada violação da sua conta na instituição, garantindo terem-lhe sido retirados 12 mil euros, via Internet, tendo o banco devolvido metade da verba.

Os factos remontam a 03 de Junho de 2008, data em que foram transferidos para a conta de um desconhecido 12 mil euros da conta de uma empresa detida por Telmo Correia da Fonseca.

Paulo Portela, advogado de Telmo Correia da Fonseca, garantiu hoje que este é o único com acesso à conta, mas que este foi "totalmente alheio" à transferência efectuada. Segundo Paulo Portela, a situação foi participada por Telmo Correia da Fonseca e pela própria CGD à Polícia Judiciária.

Após meses de contacto com a CGD, que nunca justificou a situação, o cliente recebeu hoje uma carta comunicando-lhe que "a operação de transferência interna de fundos foi regularmente efectuada (...), uma vez que foram correctamente inseridas as credenciais de acesso, nomeadamente o número de contrato e respectivo código de acesso, que é pessoal e intransmissível".

Na carta, a CGD diz não ver "razões para obstar à concretização da operação", e acrescenta que, "para a concretização da aludida transferência, era exigida a inserção de três dígitos aleatórios do cartão matriz associado ao aludido contrato, sem a qual a operação não seria possível".

Ainda assim, a CGD diz que, "a título excepcional", procedeu, esta semana, ao reembolso de seis mil euros ao cliente, "assumindo assim 50 por cento do prejuízo total". Face à indisponibilidade da CGD em assumir o restante valor, Telmo Correia da Fonseca pretende reclamar a sua devolução em tribunal, sustentando tratar-se de um "furo" no sistema de banca electrónica que a instituição terá que assumir.

Dois dias depois do alegado desvio, Telmo Correia da Fonseca não tinha ainda reparado na operação, Telmo Correia da Fonseca diz que não conseguia aceder à sua conta, tendo pedido novo código de acesso à CGD, "que não soube explicar o motivo do impedimento do acesso via 'e banking'".

Recebido novo código de acesso, o titular só então se apercebeu da retirada do dinheiro, alguns dias passados desde a transferência, disse Paulo Portela. Para o advogado, em causa estão não apenas os danos sofridos pelo seu cliente, mas a falta de segurança do sistema de banca electrónica que, afirmou, "nem sequer tem seguro".

Relativamente à CGD, Paulo Portela acusa os seus responsáveis de, "além de não justificarem a falta de segurança do sistema e não imputarem à sociedade qualquer acto ou omissão", estarem "impávidos e serenamente calmos com o sistema, não obstante a clara quebra de segurança".

Fonte oficial da Caixa Geral de Depósitos disse que o banco "terá conseguido recuperar parte do dinheiro", procedendo à sua devolução ao cliente. A mesma fonte disse que o Conselho de Segurança da Caixa analisou o caso (considerado de uso indevido de canais electrónicos) e tomou a decisão de devolver 50 por cento do valor. A CGD remeteu para a próxima semana mais esclarecimentos sobre o caso.


in O Público
 
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