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Pescador levado pelo mar na Aguda

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Um homem de 73 anos desapareceu, ao final da tarde de sábado, ao largo da praia da Aguda, em Gaia, quando deitava redes nas rochas . As buscas foram levadas a cabo até cerca da meia-noite e serão retomadas, hoje, às 7 horas da manhã.
Às 23 horas de ontem, António Manarte, de 73 anos, natural da Aguda, ainda não tinha aparecido. Na praia em frente ao bar Tendências, de olhos postos no helicóptero da Protecção Civil que iluminava as escuras águas do mar, encontravam-se várias dezenas de amigos e conhecidos do pescador, figura muito querida da comunidade.
Entre eles, a filha Isilda Manarte, ainda sem querer acreditar que tudo apontava para que fosse o seu pai que todos buscavam. Mas, na realidade, poucas eram as dúvidas. António Manarte, como fazia todos os dias, pescava por passatempo, depois de uma vida dedicada à pesca profissional, descontando apenas os 15 anos passados a trabalhar em França.
Pouco passaria das 17,30 horas quando António Manarte foi visto pela última vez ontem, num dia em que decidiu mudar a rotina. Em vez de ir para a frente do farol, junto ao quebra-mar, como era seu costume, como contou ao JN Ivo Fernandes, de 14 anos e seu companheiro em muitas pescarias, resolveu ir para as rochas da praia do bar Tendências.
"Ele não devia conhecer bem as rochas, deve ter tido um qualquer descuido e caiu. Além disso não sabia nadar, embora, de nada valesse numa situação destas", explicou o jovem. "Ele estava à pesca de robalos com rede de ameijoeiras, que se prende cada uma das pontas a duas rochas e, de repente, caiu. Deve ter escorregado, talvez. Foi um homem que aqui estava num carro estacionado junto ao bar que o viu a esbracejar, já aflito, e que nos foi chamar", contou Augusto Soutelo, dos Bombeiros Voluntários da Aguda e o primeiro a chegar ao local.
"Ainda consegui vê-lo de costas, vestido com um oleado amarelo, mas já inanimado. Corri pelas rochas até ao local onde ele estava, mas, de repente, desapareceu. O corpo provavelmente afundou-se porque aquele fato que ele trazia, calças ligadas às botas, quando cheio de água, fica muito pesado", continuou.
A notícia do desaparecimento correu depressa e foi encontrar a mulher, Helena, a assistir à missa na Capela da Nossa Senhora da Nazaré, a cerca de 200 metros do local do incidente. "Ninguém pôde de deixar de ouvir a dor dela. Ela gritou e gritou, coitada", contou, muito abalada, Maria da Glória, vizinha da família.
"A minha mãe não está nada bem, mas nós ainda queremos acreditar que não se trata do meu pai", confessou Isilda Manarte. "A verdade, porém, é que, por esta altura ele já estaria em casa e ainda não apareceu", acrescentou.
«JN»
 
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