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Alzheimer: a doença, o doente e a família

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Alzheimer: a doença, o doente e a família

Sobre a doença. O Alzheimer pode afectar idosos a partir dos 60 anos. Uma doença que passa ao lado do sistema regional de saúde Traços. A sua evolução é de 2 a 10 anos, em que a sintomatologia implica uma deterioração gradual, lenta e irrecuperável da suas capacidades Fala-se que é uma doença do século XXI, diz-se que não tem cura, sabe-se que o Governo Regional dos Açores não a considera prioritária em termos de intervenção e apoio. É este um quadro de referência sobre a situação social da doença de Alzheimer nos Açores.
Segundo a Classificação Internacional das Doenças (CID), a Doença de Alzheimer integra o grupo das demências, tratando-se, concretamente, de uma doença neurodegenerativa em que as alterações e destruição do tecido nervoso é gradual e progressiva, iniciando-se a partir de um indeterminado momento da vida adulta.
Ao princípio, observam-se pequenos esquecimentos, perdas de memória, normalmente aceites pelos familiares como parte do processo normal de envelhecimento, que se vão agravando gradualmente. Os pacientes tornam-se confusos. Acabam por não reconhecer os próprios familiares e até a si mesmos. À medida que a doença evolui, tornam-se cada vez mais dependentes de terceiros, iniciam-se as dificuldades de locomoção, a comunicação inviabiliza-se e passam a necessitar de cuidados e supervisão integral, até mesmo para as actividades elementares do quotidiano, como alimentação, higiene, vestuário, etc. E o maior problema é que não existem, por cá, em número suficiente, Clínicas ou Associações que garantam o cuidado permanente a estes doentes. Em Ponta Delgada, existe uma única Associação (ALZA) que intervém sobre esta doença. Apesar das suas limitações, físicas e financeiras, a ALZA tem já um trabalho de mérito na nossa comunidade e junto dos doentes de Alzheimer que ainda têm alguma autonomia.
Contudo, quem mais uma vez escapa às suas responsabilidades é o Governo Regional dos Açores, que secundariza a gravidade desta doença não garantindo qualquer tipo de apoio, principalmente quando a necessidade de cuidados continuados e paliativos se torna uma prioridade.
Na verdade, para quem vive a doença, quer como doente, quer como familiar, é chocante ver que, só num quarto mandato do Partido Socialista no Governo, se pensa em criar 300 camas de cuidados continuados até 2012, quando o apoio aos idosos (doentes) sempre foi um problema mor da sociedade açoriana. É que os cuidados de saúde e os cuidados sociais deverão ser as "duas faces da mesma moeda" e o contributo de todos não será certamente demasiado, principalmente de quem tem competências públicas na matéria. Se é só em 2012 que 300 idosos se podem considerar apoiados em cuidados continuados, o que andou a fazer o Governo Regional, neste âmbito, ao longo de 12 anos? ||


Fonte:Açoriano Oriental


 
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