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Visitantes do Zoo ferem os animais

ecks1978

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Com mais de 300 espécies para tratar, pelas mãos dos veterinários do Zoo de Lisboa passam desde constipações banais a doenças causadas por objectos atirados pelos visitantes e que os animais engolem. Muitos acabam por morrer.

Foi o que aconteceu na semana passada a um aligátor, em cujo estômago foram encontradas duas garrafas de plástico e outros "alimentos" pouco convencionais, incluindo uma moeda do tempo do escudo, contou Teresa Lobo Fernandes, uma das cinco especialistas que trabalham no hospital do Zoo. "As garrafas nunca iriam passar para o intestino, porque o orifício é bastante estreito, e acabaram por lhe provocar a morte", justificou a veterinária.

Infelizmente, apesar dos apelos contrários dos cartazes, o público insiste em atirar aos animais garrafas e sacos de plástico, latas de coca-cola, amendoins e bolachas que podem provocar gastrites e diarreias.

Mas a rotina de Teresa é feita também de partos e cesarianas, patas magoadas, conjuntivites, problemas gastro-intestinais e traumatismos resultantes de lutas: "todos os dias pode haver algo de novo, é imprevisível".

O hospital actual, que substituiu a antiga clínica, inclui os cuidados hospitalares, uma enfermaria e uma zona de quarentena.

O hospital já mereceu os elogios da Associação Europeia de Veterinários da Vida Selvagem e de Jardins Zoológicos, dispõe ainda de um laboratório de apoio à inseminação artificial. O processo está a ser realizado agora em chitas e já deu frutos em 2001 com uma ninhada de tigres da Sibéria.

No jardim zoológico trabalham cinco veterinários vocacionados para animais marinhos, clínica geral e cirurgia, que actualizam permanentemente os seus conhecimentos face às 250 espécies diferentes que têm de tratar.

Ao contrário dos veterinários de animais de companhia, que se dedicam quase exclusivamente a cães e gatos, no Jardim Zoológico é preciso tratar saguins traquinas, búfalos pesadões, lémures assustadiços, iguanas pachorrentas, grifos hostis e felinos ferozes, entre outra bicharada.
 
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