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O cancro pediátrico

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O cancro pediátrico
A 15 de Fevereiro comemorou-se o Dia da Criança com Cancro.
Se falar de cancro em adultos pode ser um assunto delicado, a abordagem ao cancro em crianças mais delicada se torna.
Apesar de ser uma escolha arbitrária, considera-se cancro pediátrico o cancro diagnosticado entre os 0 e os 14 anos de idade. Os tipos mais comuns são determinadas leucemias, determinados cancros do sistema nervoso central e determinados linfomas.
Esta patologia apresenta características singulares, distintas das do cancro em adultos. Note-se, a título de exemplo, a existência de uma classificação internacional específica para os tumores pediátricos, cujo primeiro esboço surgiu em 1987. Actualmente, aquela que passou a ser designada por "International Classification of Childhood Cancer", já conta com três edições, a última publicada em 2000.
A Organização Mundial de Saúde estima que, por ano, sejam diagnosticados em todo o mundo cerca de 160 000 novos casos de cancro em crianças e que a sua mortalidade ronde os 90 000.
Em Portugal, o número registado no ano 2001 foi de 253 novos casos, conforme refere o Registo Oncológico Nacional.
Nos Açores, no triénio 2000-2002, foram registados 30 novos casos - 17 no sexo masculino e 13 no sexo feminino.
Não obstante o forte impacto que esta patologia apresenta a nível pessoal e familiar, a probabilidade de se desenvolver cancro em crianças é consideravelmente inferior à probabilidade de se desenvolver cancro em adultos. Os dados publicados pelo Registo Oncológico dos Açores apontam para um risco inferior a 1%, contrastando claramente com o risco em adultos que, até aos 74 anos de idade, atinge valores de 29,5% nos homens e 18.5% nas mulheres.
Compreende-se facilmente o facto de grande parte do cancro nos adultos se desenvolver por acção dos chamados factores cancerígenos, sejam eles químicos, físicos ou biológicos. É precisamente o que é referido num estudo publicado na última edição de uma revista científica de referência - "Annals of Oncology" - sobre as causas do cancro em França, em que foi estimado que, seguramente, 35% dos cancros são atribuídos a factores como o tabaco (23.9%), o álcool 6.9%) e determinadas infecções crónicas (3.7%).
Pelo contrário, os factores de risco em crianças mais dificilmente se conseguem determinar e quantificar. Para além das chamadas síndromes familiares, nas quais a criança herda dos seus progenitores mutações genéticas que aumentam a probabilidade de desenvolver cancro, é também consensual que a origem do cancro pediátrico seja multifactorial, isto é, com numerosos factores a concorrer para o seu aparecimento. A este respeito, a investigação científica dá particular destque à identificação de agentes infecciosos e de genes de predisposição do cancro, que, juntos, conferem maior susceptibilidade das células à acção de factores de risco tóxicos para o genoma, com os quais a criança pode começar a contactar ainda dentro do útero materno.
Se, ainda assim, muito já se avançou no conhecimento da etiologia do cancro pediátrico, o mesmo se deve afirmar relativamente aos tratamentos actualmente disponíveis, que têm contribuído para uma maior sobrevivência após o diagnóstico, algo impensável há umas décadas atrás.
Como forma de moticar os que porventura se deparam om esta realidade, deixamos aqui os contactos de algumas associações portuguesas de referência. Muito possivelmente, podem fazer toda a diferença na forma como os envolvidos, crinças e pais, enfrentam a doença:
Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro - Bem-vindo ao Site da Acreditar
Associação Terra dos Sonhos - Associação Terra dos Sonhos
Fundação para a Divulgação das Tecnologias da Informação - www. fdti.pt (ver projecto "TIC Pediátrica" em "O que fazemos" ? "Programas e Iniciativas")
Portal de Oncologia Pediátrica -
OncologiaPediátrica.org
International Confederation of Childhood Cancer Parent Organisations - ICCCPO Index Page

Fonte:Correio dos Açores
 
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