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Violência Escolar: 20% dos contactos para a SOS Professor relatam agressões físicas

joseseg

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Mai 26, 2007
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Dois em cada dez contactos para a Linha SOS Professor relataram agressões físicas e mais de metade episódios de agressão verbal, desde o início do ano lectivo, apesar de uma redução significativa no número de chamadas.

De acordo com a Associação Nacional de Professores (ANP), esta linha telefónica recebeu 33 chamadas entre 11 de Setembro de 2008 e 28 de Fevereiro deste ano, um número bastante inferior quando comparado com os 124 contactos registados entre 11 de Setembro de 2007 e 28 de Março de 2008.

"A nossa convicção é que a grande maioria das situações já começa a ser resolvida ao nível das escolas. Os próprios conselhos executivos estão mais atentos a têm hoje uma resposta muito mais pronta e muito mais adequada perante este tipo de situações do que anteriormente", afirmou João Grancho, presidente da ANP, em declarações à Agência Lusa.

Apesar da redução significativa do número de chamadas, sete professores (21 por cento) relataram agressões físicas e 19 agressões verbais (57,7 por cento). No ano passado, estes valores foram de 30,6 e 52,4 por cento, respectivamente.

Episódios de maus relacionamentos (27 por cento) e situações de indisciplina (18 por cento) completam as quatro ocorrências mais denunciadas pelos docentes.

Nos relatos registados, os intervenientes mais apontados são professor-aluno (66 por cento), seguindo-se professor-encarregado de educação (24 por cento) e professor-turma (seis por cento).

Os episódios a envolver professores e alunos são mais frequentes ao nível da agressão verbal (15 situações), seguida da indisciplina (cinco) e ainda a agressão física (quatro) e ocorrem mais regularmente no ensino secundário (oito) e no terceiro ciclo do básico (cinco).

Quanto à forma como os docentes lidam com estas ocorrências, verifica-se que no total apenas três professores apresentaram queixa na PSP ou na GNR (nove por cento). Aliás, contactar o conselho directivo ou o director de turma foi a primeira diligência de 16 professores (48 por cento).

"A grande maioria dos professores ainda tem receio de apresentar queixa junto das autoridades. Ainda assim, os próprios conselhos executivos, depois do apelo do procurador-geral da República [em Março do ano passado, para que escolas e professores denunciassem todos os casos], passaram a assumir essa função. Tratam hoje de forma mais adequada estes fenómenos", sublinhou João Grancho.

O recinto escolar foi o palco das situações relatadas pelos professores, com maior prevalência nas salas de aula e de apoio (54,5 por cento), seguidas pelos espaços de convívio (21 por cento). Em 15 por cento das chamadas o incidente ocorreu fora do estabelecimento de ensino.

Lisboa e Porto continuam a ser os distritos onde se registaram mais casos, com 36 e 18 por cento, respectivamente, seguidos de Leiria, com nove por cento.

Os 33 professores que contactaram a Linha SOS Professor desde o arranque do ano lectivo são maioritariamente do sexo feminino (72 por cento) e têm entre 40 e 49 anos (33 por cento). No total, por nível de ensino, registaram-se mais relatos no ensino secundário e terceiro ciclo, nove por cento em cada.

Esta linha (808.96.2006) é promovida pela ANP em parceria com a Universidade Lusófona e a Liberty Seguros, prestando apoio psicológico, jurídico e de mediação de conflitos, entre outros.

O Ministério da Educação ainda não revelou os dados do Observatório para a Segurança nas Escolas relativos ao ano lectivo de 2007/08.

Lusa
 
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