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Fórum Mundial da Água: Preço vai ter de subir

joseseg

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O preço médio da água na maioria dos países europeus vai ter de subir porque está muito abaixo do valor real, defendeu um responsável do Banco Europeu de Investimento (BEI).

Em entrevista à Agência Lusa, Luis Veiga Frade, director da divisão de água e protecção ambiental do BEI, explicou que o custo que os consumidores e contribuintes pagam pela água que utilizam está "muito abaixo do seu valor real".

Sem receitas suficientes para gerir os custos, é através de empréstimos que se financiam os investimentos na área. Mas quem empresta precisa de ter garantias "de que há um cashflow que vem dos utilizadores". E, por isso, a solução apontada pelo especialista do Banco Europeu de Investimento é simples: "O preço da água tem de subir".

"O utilizador tem capacidade para pagar mais. A conta da água no orçamento familiar não é importante, se comparada com as outras", disse Veiga Frade, defendendo a necessidade de uma "implementação progressiva de uma política real de preços".

Para garantir que os aumentos serão os mínimos possíveis, "é necessário investir na eficiência dos sistemas". Até porque na Europa existe um "backlog tremendo em renovação de infra-estruturas", alertou o especialista, que na próxima semana estará no Fórum Mundial da Água como coordenador internacional do tema "Finanças".

"O BEI está a tentar discutir com os Governos no sentido de eles se tornarem mais eficientes investindo na água", avançou.

O sector da água "está teoricamente em falência técnica. Teoricamente porque as empresas de água não podem falir e o que se faz é adiar o investimento", explicou.

Em tempos de crise, o sector é esquecido em detrimento de outros, como a educação ou a saúde, e por isso a situação tende a "agravar-se mais": "Sem receitas, o serviço degrada-se e não há dinheiro para fazer ganhos de eficiência e evitar desperdícios. A eficiência vai-se deteriorando e o preço da água vai automaticamente aumentar".

O especialista lamenta que o problema do tarifário continue a ser "extremamente politizado" e que o poder político tenha "grande relutância em fazer aumentar os preços", porque isto significa adiar para as gerações futuras um investimento necessário.

"A questão das tarifas está refém de uma falta de compreensão politica", criticou.

Luis Veiga Frade lembra o caso de Inglaterra, onde as redes estão a ser renovadas a cada 200 anos, quando o seu período de vida útil é de apenas 50.

Portugal está "numa situação intermédia", porque começou a investir em redes muito recentemente. "As redes que apresentam mais problemas são as antigas, de Lisboa e do Porto". Mas, na capital, o BEI está a financiar um projecto de reabilitação de redes e Veiga Frade garante que "a EPAL tem investido muito".

Lusa/Fim
 

joseseg

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O maior encontro mundial sobre água começa segunda-feira em Istambul, onde são esperados cerca de 200 ministros de todo o mundo e representantes de mais de 300 organizações para debater e propor soluções sustentáveis para o consumo da água.

Portugal participa no 5º Fórum Mundial da Água e vai tentar chamar a atenção para a questão da seca e escassez de água, um problema até há pouco tempo considerado exclusivo dos países do sul da Europa.

"Previsões recentes apontam para que a escassez de água afecte 17 por cento do território europeu e pelo menos 11 por cento da população da União Europeia", refere a página portuguesa dedicada ao Fórum.

Sob o lema 'Superando a escassez da água, rumo à sustentabilidade", o stand português no Fórum conta com um programa intenso de encontros que pretendem mostrar e debater os projectos nacionais, mas também as relações com os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Depois de três anos de preparação do evento marcados por "centenas de encontros, milhares de telefonemas e milhões de e-mails", cerca de 20 mil pessoas deverão participar no 5º Fórum Mundial da Água, na Turquia.

Preocupados com o uso irresponsável da água e interessados em alternativas para um consumo consciente e sustentável, especialistas de todo o mundo vão discutir e propor soluções durante as cerca de 115 sessões agendadas.

O encontro, que se realiza de três em três anos, pretende ser um ponto de viragem para a gestão dos recursos hídricos no Planeta, alertando a comunidade internacional para a questão. No final da semana, cerca de 200 ministros de todo o mundo deverão adoptar o "Istambul Water Guide".

Lusa
 
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