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Áustria inicia amanhã o julgamento de Josef Fritzl

migel

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Áustria inicia amanhã o julgamento de Josef Fritzl

15 de Março de 2009, 17:25



O austríaco Josef Fritzl, de 73 anos, que sequestrou e manteve refém durante 24 anos a sua própria filha, Elisabeth, que deu à luz sete crianças, frutos do incesto, começa a ser julgado amanhã.
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O drama familiar, que se passou no município de Amstetten, chocou o mundo em Abril do ano passado, quando a filha mais velha de Elisabeth - que, aos 19 anos, nunca havia visto a luz do dia - precisou ser hospitalizada.

Apenas o acusado deverá comparecer no tribunal durante os cinco dias previstos de audiências, que acontecerão a portas fechadas.

A declaração de Elisabeth, hoje com 42 anos, foi filmada em vídeo e será apresentada apenas aos três magistrados e oito jurados do caso. A imprensa, que já começa a invadir Sankt-Pölten para cobrir o julgamento, não terá acesso ao documento.
O veredicto deve ser divulgado no dia 20 de Março.
Josef Fritzl é acusado de homicídio por ter negado dar assistência médica a um dos bebés de Elisabeth, que nasceu com problemas em 1996, e acabou por falecer. Um dia depois da sua detenção, no dia 26 de Abril de 2008, Fritzl confessou ter incinerado o corpo do recém-nascido numa caldeira. Por este crime, poderá cumprir uma pena entre os dez anos à prisão perpétua.
Além disso, responderá pelas acusações de escravidão, sequestro, ameaça com agravante e incesto, pelas quais deve se declarar culpado. O código penal austríaco não contempla a acumulação de penas, prevalecendo a mais dura.
A promotoria também pede a internação de Fritzl num centro psiquiátrico, ainda que todos os exames médicos tenham concluído que o réu era responsável pelos seus actos.
A investigação vasculhou os 24 anos de vida dupla de todos os envolvidos no caso, principalmente da mãe de Elisabeth, que levava uma vida normal na casa em cima do cárcere da filha, sem qualquer janela ou ventilação.
Fritzl protegeu a entrada do porão com portas blindadas e fechaduras eletrónicas, e proibia a mulher e os filhos de se aproximarem do local.
Descrito como um vizinho amável e solícito, Josef Fritzl teve sete filhos com a mulher e outros sete com Elisabeth. Ela tinha 18 anos quando foi sequestrada e enclausurada pelo pai.
Elisabeth desapareceu no dia 29 de Agosto de 1984. Semanas depois, Fritzl obrigou-a a escrever uma carta para a mãe, pedindo que parassem de procurá-la e explicando que havia fugido para se juntar a uma seita religiosa.
Três dos bebês nascidos no porão foram 'deixados' na porta dos Fritzl, com mensagens escritas por Elisabeth, pedindo que a família os criasse. Tudo simulado pelo pai sequestrador.
Fritzl "amava sua filha à sua maneira", explicou o seu advogado, Rudolf Mayer, à agência austríaca APA. Alimentava e vestia a segunda família, ensinou as três crianças que ficaram com a mãe no porão a ler e escrever, comprava-lhes presentes de Natal e aniversário.
Por outro lado, ameaçava matá-los com gás se tentassem fugir.

SAPO/AFP
 

migel

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Josef Fritzl declara-se culpado pela prática de incesto, violação e sequestro

16 de Março de 2009, 10:28



O austríaco Josef Fritzl, conhecido como o «monstro» de Amstetten, cujo julgamento teve início esta segunda-feira em Sankt Polten, declarou-se culpado pela prática de incesto, violação e sequestro, mas inocente das acusações de assassinato e escravidão.

Fritzl pode ser condenado à prisão perpétua por ter sequestrado e violado a filha durante 24 anos. A mulher ficou presa durante estes anos na cave da casa do próprio pai, da cidade de Amstetten.

Cercado de seis policiais, Fritzl, de 73 anos, chegou ao tribunal a esconder o rosto atrás de uma pasta de arquivo azul.

O advogado de defesa, Rudolf Mayer, já afirmara que não aceitava a acusação de assassinato por não reconhecer a responsabilidade do cliente na morte de um dos sete filhos resultado do incesto, um recém-nascido que faleceu por falta de cuidados médicos na cave pouco depois do parto em 1996.


SAPO/AFP




 
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