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Desinvestimento de empresas alemãs em Portugal bate recorde

Hdi

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Set 10, 2007
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No ano passado as empresas alemãs tiraram de Portugal cerca de 700 milhões de euros em termos líquidos, o que faz de 2008 o pior ano em termos investimento directo alemão em Portugal desde, pelo menos, 1996, o último para o qual o Banco de Portugal (BdP) fornece informação.

Se a este valor - obtido pela diferença entre entrada e saída de IDE - se juntar o desinvestimento registado em Janeiro deste ano e o verificado em 2007, então, conclui-se que, nos dois últimos anos, a Alemanha desinvestiu mais de mil milhões de euros.

Este valor equivale a cerca de metade do total de investimento público (nacional e comunitário) previsto no plano anti-crise do Governo apresentado em Dezembro.

Estes são sinais do forte impacto que o abrandamento económico alemão tem em Portugal. Mas não são os únicos. No ano passado, as exportações de mercadorias para o segundo maior destino de exportações nacionais caíram, em termos nominais, 0,8% (o que significa uma queda superior em termos reais, devido à inflação). Esta foi a primeira queda desde que em 2006 se interrompeu a sucessão de recuos registada entre 2002 e 2005.

A lista de implicações que as decisões e o desempenho alemão têm Portugal não se fica por aqui. Além do segundo maior mercado de exportação nacional e, até 2006, uma das principais economias a investir em Portugal, é também lá que se decide o futuro de três das maiores empresas exportadoras localizadas em Portugal, entre elas a Qimonda, o gigante tecnológico que está à beira da falência ameaçando atirar para o desemprego 1.700 trabalhadores.

No top10 das empresas exportadoras - onde a Qimonda ocupou o primeiro e segundo lugares em 2007 e 2008, respectivamente - junta-se a Autoeuropa - no segundo e terceiro lugares - e a Blaupunkt, fabricante de autorádios. Ambas as empresas estão num dos segmentos mais afectados pela crise internacional.

Jornal de Negócios
 
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