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Poluição do ar mata dois milhões em cada ano

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Meteorologia cada vez mais apta a fornecer dados acerca de tudo o que circula na atmosfera
00h30m
EDUARDA FERREIRA

Nem só de ventos, marés e tem-peraturas vive hoje a ciência da meteorologia. Melhores técnicas e equipamentos, aliados ao conhecimento científico vão ao encontro de uma preocupação global sobre o ar que respiramos.

Os milhares de estações meteorológicas colocadas nos céus, aviões, navios, oceanos, planícies e montanhas permitem actualmente uma confluência internacional de dados, colhidos também por diversos tipos de satélites e radares. Mas não é só "o tempo que faz" ou as previsões aquilo que move a ciência da meteorologia, à qual é dedicado hoje um Dia Mundial. Muitas disciplinas entram neste saber e, nas comemorações de 2009, é atribuído destaque à monitorização da atmosfera para protecção da saúde, dos ecossistemas e da economia.

Foi estimado pela Organização Mundial de Saúde que em cada ano dois milhões de pessoas morrem em cada ano devido à poluição atmosférica, sobretudo a causada pelos humanos. Indústria, transportes, queimadas e incêndios florestais, bem como alguns processos naturais, lançam para o ar que vamos respirar partículas finas, dióxido de enxofre, monóxido de carbono, ozono, entre muitos outros poluentes. Mesmo em baixas concentrações, esta mistura provoca doenças cardio-respiratórias. As partículas muito finas são das mais perigosas, ao alojarem-se directamente nos pulmões.

A previsão da qualidade do ar conheceu grandes avanços nos anos 70 do século passado com a observação do fenómeno das chuvas ácidas: a partir de então compreendeu-se que a poluição atmosférica podia ter consequências a muitos milhares de quilómetros dos locais onde tivera origem. Esta abordagem global e transfronteiriça é agora tida em conta no estudo de erupções vulcânicas, emissões industriais, fogos florestais e tempestades de areia.

Outra das aquisições mais recentes de conhecimento relaciona a poluição atmosférica com a dos lagos e oceanos. Os meteorologistas cada vez mais colaboram com climatologistas e associam a poluição com alterações do regime de chuvas em algumas regiões (secas nuns lados do globo e inundações noutros). Eles verificaram, por exemplo, que sulfatos e outras partículas emitidas na Ásia pela poluição urbana e incêndios florestais iam mudar a composição das nuvens noutras zonas.

Os ambientes urbanos estão também cada vez mais a ser estudados pelos meteorologistas. Eles verificaram a criação de ilhas de calor e a concentração de poluentes nos maiores pólos urbanos.
 
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