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França indemniza 150.000 vítimas de ensaios nucleares

joseseg

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Mai 26, 2007
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Entre 1960 e 1966, a França realizou um total de 210 testes nucleares no deserto do Sara e na Polinésia francesa.

Dez milhões de euros é o orçamento inicial previsto pelo Governo francês para começar a indemnizar as vítimas de 210 ensaios nucleares realizados na parte argelina do Saara e no Oceano Pacífico. A iniciativa foi anunciada hoje pelo ministro da Defesa.

Em declarações ao jornal "Le Figaro", Hervé Morin disse tratar-se de um mecanismo "justo" de compensação que vai beneficiar cerca de 150.000 trabalhadores civis (funcionários do Governo e população local) e militares, que podem ter sido afectados pelos testes realizados entre as décadas de 60 e 90.

Somente a população da Polinésia francesa era, na altura dos ensaios, de 2.000 pessoas, incluindo 600 crianças.

A lista de doenças provocadas pela radiação, estabelecidas por um comité científico da ONU, inclui, entre outras, a leucemia, os cancro da tiróide e da mama. Uma comissão independente, formada por médicos e um juiz, vai analisar os pedidos de indemnização, tendo em conta os critérios estabelecidos pela organização.

A lista das doenças estabelecida pela ONU poderá ser ampliada com a evolução das pesquisas médicas. O Governo francês vai analisar caso a caso.

Os últimos testes nucleares foram realizados em 1996, durante o primeiro mandato do ex-Presidente Jacques Chirac, tendo levantado muita polémica não apenas em França mas também na comunidade internacional.

Segundo Morin, já estava mais do que na hora de abordar uma questão que as autoridades francesas evitaram durante anos porque acreditavam que "abrir a porta às indemnizações poderia ameaçar a manutenção de uma força nuclear dissuasiva credível".

Ao contrário do que ocorria até aqui, quem pede a indeminização não tem de provar a relação entre a sua doença e a exposição à radiação. Caberá sim ao Estado o ónus da prova.

Expresso
 
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