• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Sida: Reforço do acesso gratuito e voluntário a testes de detecção integra compromiss

migel

GForum VIP
Entrou
Set 24, 2006
Mensagens
15,631
Gostos Recebidos
0
Sida: Reforço do acesso gratuito e voluntário a testes de detecção integra compromissos para 2009

28 de Março de 2009, 16:02

Lisboa, 28 Mar (Lusa) - A garantia do acesso gratuito e voluntário aos testes de detecção do VIH e a criação de um Conselho para alargar a sua concretização integram os compromissos da Conferência VIH Portugal 2009, anunciados hoje em Lisboa.
No final da iniciativa, organizada desde sexta-feira por vários representantes do combate à Sida e especialistas, o coordenador nacional para a infecção VIH/Sida no Alto Comissariado para a Saúde, Henrique Barros, anunciou que os objectivos deste ano passam também por reafirmar que o teste não é, por si só, uma medida de prevenção, "devendo por isso ser realizado de modo a tirar o partido possível da promoção das medidas eficazes de prevenção e redução de riscos".
O responsável assegurou aos jornalistas que, associada à garantia de gratuitidade e de carácter voluntário, esta premissa permitirá melhorar efectivamente as condições em que os testes de detecção são feitos, até porque é também acrescida da necessidade de prestar aconselhamento em todos os casos, algo que "nem sempre acontece".
Quanto ao Conselho terá como "finalidade última" a definição de condições práticas para a realização de testes em unidades de saúde familiar (USF), unidades funcionais de Agrupamentos de Centros de Saúde (ACS), centros de aconselhamento e diagnóstico (CAD) e estruturas de "out-reach".
Segundo Henrique Barros, a primeira reunião deste novo organismo deverá ocorrer até ao final do mês de Abril.
Durante este ano, a coordenação nacional quer também reduzir em 30 por cento o número - actualmente de 70 por cento - de pessoas infectadas pelo VIH que são detectadas com uma contagem de células CD4 inferior a 350 por milímetro cúbico de sangue, o que revela um enfraquecimento do sistema imunitário e, por consequência, uma sujeição gradual a infecções.
Numa pessoa saudável com VIH negativo, a quantidade de CD4 pode variar entre as 600 e 1.200 células/milímetro cúbico.
No encerramento da conferência, a Coordenação Nacional para a Infecção VIH/Sida comprometeu-se também "monitorizar e publicar anualmente a evolução do número de testes realizados e as condições disponibilizadas para a sua realização, em contextos formais ou informais de saúde.
Henrique Barros disse ainda aos jornalistas que a actual campanha sobre o preservativo feminino, que não circula no mercado, é justificada pela necessidade de relembrar que o este método existe e é eficaz.
"Ele não existe no mercado porque as pessoas não procuram, porque não sabem que existe, mas as estruturas de saúde podem dispor dele porque já está dentro das regras exigidas a qualquer produto", explicou, adiantando que Portugal não assiste a uma generalização da infecção entre mulheres, mas que, tendo em conta o aumento desse fenómeno nos países mais marcados pela Sida, é necessário antecipar o problema "o mais cedo possível".
Presente na conferências, que decorreu no Centro Cultural de Belém, o secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizzaro, destacou a importância de repetir debates, entre especialistas, autoridades e a sociedade civil, sobre a infecção e os "estigmas" que lhes estão associados.
"É absolutamente claro que há que reflectir na estratégia a seguir. Somos melhores a encontrar problemas do que soluções e mesmo assim somos melhores a encontrar soluções do que a implementá-las", admitiu.
Manuel Pizarro garantiu, no entanto, que o Governo está totalmente disponível para apoiar todas as entidades com actuação nesta área a "combater a infecção e a tratar de forma humanizada" os doentes que dela sofrem.
ROC.
Lusa/fim
 
Topo