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Mercadorias por estrada aumentaram poluição

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Portugal contribui com cada vez maior volume de emissões à semelhança do resto da Europa
00h30m
EDUARDA FERREIRA

Portugal está entre um grupo de países europeus que mais aumentaram o transporte de mercadorias por estrada. Como resultado, aumentou também a poluição por gases e ruído. As metas verdes podem estar em causa.

Por este caminho, a Europa não vai lá, ou seja, não cumprirá as metas a que internacionalmente se comprometeu para reduzir a poluição da atmosfera. Os principais emissores continuam a ser os transportes rodoviários, que vêm aumentando em cada ano o seu contributo para um ar mais carregado e barulhento. Portugal é um dos 33 países analisados pelo relatório da Agência Europeia do Ambiente, que chama a atenção para políticas pouco verdes em matéria de transportes. Seria necessária uma visão de longo alcance, a 25 ou 30 anos, refere o documento, lembrando que, além de um insustentável crescimento do transporte de mercadorias, as políticas de ocupação de solos em torno das grandes cidades têm levado a mais procura do transporte individual.

Apesar da crise e do aumento do preço dos combustíveis no ano passado, o sector dos transportes contribui muito na Europa para o crescimento das emissões de gases com efeito de estufa, para o ruído (também com efeitos na saúde humana) e para o escortinhar de habitats naturais (pelo traçado de novas vias). Por isso, o documento da Agência Europeia do Ambiente afirma que "é pouco nítida a mudança para o transporte sustentável na Europa". Apenas algumas mudanças logo na fábrica tornaram os veículos um pouco menos poluentes, mas o impacto disso é quase nulo.

O transporte de cargas por via rodoviária aumentou 45% no período entre 1996 e 2006. O transporte aéreo tem uma cifra aproximada (43%) sendo certo que neste modo as emissões de CO2 são as mais elevadas de todas.

Por contraposição, em toda a Europa o transporte por comboio e pelos rios (que tinha grande expressão no centro do continente) perderam quotas de mercado (11% e 17% respectivamente).

Os carros particulares asseguram na Europa 73% das deslocações; comboios e metro apenas 7%. Segundo a análise do documento, na base destas opções estão transportes urbanos pouco frequentes, com horários irregulares e ligações mal asseguradas aos arredores dos grandes centros. A suburbanização do território é criticada: ocupa solos com casas e estradas e favorece distâncias entre casas, serviços, comércio e escolas. Daí a viatura privada. Mesmo que 50% das deslocações sejam inferiores a cinco quilómetros. O que devia ser feito era densificar os centros urbanos e neles assegurar condições de mobilidade, defende o relatório.

Uma preocupação do documento incide sobre os malefícios dos diversos tipos de poluição na saúde humana. É que não só os poluentes químicos do ar aumentam com o maior tráfego automóvel. Tal já é bastante para influenciar a saúde cardio-vascular e respiratória de milhões de europeus. O ruído ( e não é só o dos aeroportos) causa problemas de memória, ansiedade, provoca hipertensão e diminui o rendimento escolar. As contas foram só feitas para o caso da Alemanha, onde em cada ano 3.900 ataques cardíacos são atribuídos a níveis elevados de ruído nas estradas perto das quais moravam as vítimas. A nível europeu calcula-se que 21 milhões de pessoas vivam em zonas onde, à noite, os níveis de ruído têm efeitos perniciosos na saúde. No total, 68 milhões estão expostas a níveis elevados de ruído produzido pelo tráfego rodoviário.
 
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