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BPN: Machete revela aval de Sócrates para venda à Carlyle

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Set 10, 2007
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Rui Machete entregou actas na Comissão Parlamentar de Inquérito em que José Oliveira Costa revela conversas com José Sócrates. Segundo o antigo presidente do BPN, o primeiro-ministro não se opunha ao negócio e até informava Constâncio

O presidente demissionário do conselho superior da SLN Rui Machete entregou na comissão de inquérito parlamentar ao caso BPN as suas actas - que estão no arquivo da FLAD - e onde se revela que na reunião deste órgão, datada de 17 de Dezembro de 2007, José Oliveira Costa refere ter dado conhecimento ao primeiro-ministro, José Sócrates, da intenção de alienar à Carlyle uma parte do capital do grupo.

Na acta, ontem parcialmente lida na comissão de inquérito por Honório Novo (do PCP), Nuno Melo (CDS/PP) e João Semedo (BE), o ex-administrador Oliveira Costa refere que " tomou medidas complementares, sobre este assunto (venda de parte do capital à Carlyle) nomeadamente a realização de uma reunião com o primeiro-ministro José Sócrates para lhe explicar a intenção do grupo de abrir o capital a uma entidade estrangeira". O ex-administrador do grupo BPN/SLN terá explicado ao conselho superior que " o objectivo era o de saber se o Governo tinha algo a observar, uma vez que se tratava de uma participação num grupo predominantemente financeiro por uma entidade de fora do espaço da União Europeia".

Segundo revela a acta, Oliveira Costa disse ainda ao conselho superior que " José Sócrates acolheu bem o negócio, e disse mesmo ir avisar o governador do Banco de Portugal sobre a hipótese deste se concretizar". O DN contactou o gabinete de José Sócrates para obter uma reacção, o que não foi possível até ao fecho desta edição.

Vários deputados tentaram que Rui Machete explicitasse estas passagens das actas. Na resposta, o presidente da FLAD adiantou que não podia confirmar o teor das conversas com Sócrates e comunicadas ao conselho superior da SLN por Oliveira e Costa: " Se houve ou não contactos, terá de perguntar aos próprios" disse Machete aos deputados.

Sobre a hipótese da Carlyle tomar uma participação no grupo BPN/SLN Rui Machete adiantou que na altura estranhou " que boa parte dos accionistas estivessem mais interessados na manutenção do controlo do grupo, e não tanto na efectiva bondade do negócio". O presidente da FLAD frisou, ainda, que a proposta de compra de parte do grupo SLN pela Carlyle chegava "de diversas fontes, designadamente, por parte de Oliveira e Costa mas também do accionista Joaquim Coimbra" acrescentando que " existiam algumas dúvidas sobre o negócio concreto". Segundo lembrou Rui Machete na altura defendeu que era necessário " uma proposta formal da Carlyle" e que esta "nunca se veio a concretizar". Nessa altura o BPN tinha um problema de cumprimento dos rácios de solvabilidade tendo Rui Machete referido que por diversas vezes se tinha colocado a questão de ser necessário "ou um aumento de capital".

Machete frisou várias vezes que considerava que as negociações para a venda de uma participação ao grupo Carlyle "tinham formulações pouco claras e que nunca foram esclarecidas" isto apesar de adiantar que isso não quer dizer " que fossem ilícitas".

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