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Vaticano rejeita censura do Parlamento belga ao Papa por crítica à camisinha

Matapitosboss

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Set 24, 2006
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O Vaticano rejeitou nesta sexta-feira uma resolução aprovada pelo Parlamento da Bélgica que condena o papa Bento 16 ter dito --a caminho da África-- que o uso de preservativos pode piorar a propagação da aids.
As declarações feitas pelo pontífice no mês passado em um voo, a caminho de sua primeira visita pontifícia ao continente fortemente atingido pela epidemia de aids, levou a uma condenação ampla de políticos, autoridades sanitárias e da imprensa da europeia. Mas a resolução do Parlamento belga representa um protesto diplomático inédito em direcção ao Vaticano.
O texto, aprovado na noite desta quinta-feira, pede que o embaixador belga no Vaticano apresente um protesto formal contra os comentários de Bento 16, e pede ao governo de Bruxelas que "reaja fortemente contra qualquer Estado ou organização que no futuro coloque em dúvida o benefício de usar preservativos para prevenir a transmissão do vírus da Aids".
Os termos do documento original, apresentado por dois deputados do partido liberal francófono (MR), foram "suavizados" depois de serem debatidos em uma comissão, o que fez com que recebesse o apoio dos partidos Democrata-Cristão Flamengo (CD&V) e dos humanistas francófonos (CDH, ex-Democrata). Assim, a resolução já não fala de "perigosas e irresponsáveis declarações" do papa, mas de "declarações inaceitáveis".
O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, disse ter ficado chocado. "É surpreendente, já que parece óbvio a qualquer Estado democrático que o Santo Padre e a Igreja são livres para expressar suas próprias opiniões", disse ele.
Nas declarações que deram início à polêmica o papa disse que a Aids "não pode ser superada pela distribuição de preservativos". "Pelo contrário, eles aumentam o problema", afirmou.
Jornais como "The New York Times" e "Washington Post" e publicaram editoriais indignados, e em vários países houve uma reacção negativa de autoridades e políticos. A influente revista médica britânica "The Lancet" acusou o papa de ter "distorcido evidências científicas para promover a doutrina católica".


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