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GNR apreende 280 armas a traficantes e clientes

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Mar 7, 2009
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Trinta arguidos, entre eles um polícia municipal, e 280 armas de fogo apreendidas foram os resultados finais da investigação da GNR a um circuito de tráfico, transformação e posse proibida de armamento na Região Norte.

O inquérito do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) da GNR de Santo Tirso foi dado como concluído no mês passado e remetido ao Ministério Público de Valongo para ser deduzida acusação. Segundo o JN apurou, o megaprocesso, desencadeado há mais de dois anos e rotulado de "especial complexidade", envolve um total de 30 arguidos.

Dez dos suspeitos estão indiciados pelos crimes de tráfico de armas e posse de arma proibida. Entre eles conta-se um agente da Polícia Municipal de Famalicão a quem foi apreendida, na residência, uma espingarda-metralhadora Kalashnikov, a arma que mais surpreendeu os investigadores da GNR. O mesmo elemento policial, que ficou sujeito ao regime de apresentações periódicas às autoridades, tinha, também, duas pistolas (de calibres 6,35 mm e 7,65 mm) e uma terceira dissimulada numa caneta.

Nos arguidos investigados por tráfico encontra-se aquele que foi o principal visado do processo: um homem de 60 anos, residente em Valongo, que alegadamente se dedicava à alteração, compra e venda de armas.
Inicialmente, foi-lhe aplicada a prisão preventiva, mas está agora a aguardar o desenvolvimento do caso em prisão domiciliária. A GNR identificou, ainda, alguns dos seus colaboradores, inclusive um funcionário de um armeiro.

Aos restantes 20 indivíduos, oriundos de diversos concelhos da Região Norte, são imputados crimes de detenção ilegal de arma e de posse de arma proibida (em alguns dos casos de calibre de guerra). Trata-se de pessoas cujo envolvimento se terá limitado à compra de armas ou munições aos principais suspeitos.

Estão, na sua maior parte, sujeitos a termo de identidade e residência. Neste grupo insere-se, por exemplo, um médico de 70 anos, em cujas residências, em Gaia e em Espinho, foram encontradas 64 armas. Às autoridades, terá justificado a posse do arsenal com o gosto pelo coleccionismo. Alguns proprietários de estabelecimentos do ramo também são arguidos.

A investigação do NIC começou em Janeiro de 2007, a partir de um simples caso de furto de uma pistola do interior de um veículo, em Valongo. Os militares acabariam por descobrir um esquema com várias ramificações. Por exemplo, em oficinas artesanais, armas de alarme eram adulteradas para receber munições reais, de calibre 6,35 mm.

Foi no dia 8 de Julho do ano passado que a GNR desferiu o principal ataque ao grupo. Uma megaoperação envolveu mais de 100 buscas, em concelhos como Valongo, Santo Tirso, Vila Nova de Famalicão, Porto, Maia, Lousada, Baião, Viseu, Paredes e Marco de Canaveses.

Foram detidas 25 pessoas e apreendidas 192 armas, entre pistolas, revólveres, caçadeiras, a Kalashnikov e armas de colecção. Muitas de calibres de guerra, incluive uma 7,65 mm que tinha sido furtada da residência de um elemento da PSP.

A intervenção não se ficou por ali e, na sequência de mais buscas, a última das quais foi efectuada em Fevereiro passado, o número subiu para um total de 280 armas de fogo confiscadas. Nos registos da GNR contam-se, igualmente, 100 mil munições; 3300 armas brancas (facas e punhais, entre outras) e 47 aerossóis, entre outro material.
«JN»
 
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