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Julgada por 'furtar' gato que encontrou na rua

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Mar 7, 2009
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Um acto de caridade por um animal perdido na rua valeu a Cláudia Sousa, de Linda-a-Velha, uma acusação por furto pelo qual vai responder em tribunal dia 15, nos Juízos Criminais de Lisboa. Desempregada e com uma filha de 5 meses, Cláudia Sousa, de 32 anos, teme ter que pagar uma multa apenas por ter feito o que achava certo.

Em Agosto de 2006, o marido de Cláudia Sousa encontrou uma gata, de dois meses, abandonada em Carnaxide, Oeiras. Levou-a para casa e nessa noite levaram o animal ao veterinário. O médico descobriu que o bicho tinha um microchip com referência do nome e telefone da dona que morava na zona dos Anjos, Lisboa. Como a gata tinha uma infecção grave nos olhos, Cláudia Sousa entendeu não a devolver até que estivesse curada. Gastou cerca de 100 euros na consulta e em medicamentos.

O que mais estranhou, porém, foi o facto do animal ter sido encontrado longe de casa. 'Como é que uma gata sai do terceiro andar, nos Anjos, e aparece em Carnaxide? Achei tudo muito estranho', disse em declarações ao CM. Desconfiada, ligou para a Sociedade Protectora dos Animais e para a Junta de Freguesia dos Anjos para saber se a dona tinha dado conhecimento do desaparecimento da gata, como é obrigatório nos animais com chip. 'Fui informada que não sabiam de nada. Não me pareceu uma boa dona', confessou.

No fim de semana seguinte, Cláudia Sousa teve de se deslocar a casa de uns familiares em Alfeizerão, no concelho de Alcobaça, por um dia e levou a gata. 'Como era uma vivenda, um dos meus sobrinhos deixou a porta aberta e a gatinha fugiu'. Já em Lisboa, informou a dona do animal que este tinha fugido. Desde então, nunca mais tiveram nenhum contacto .

Dois meses depois recebeu uma carta para se apresentar na PSP para prestar declarações sobre o furto da gata. 'Apesar de me dizerem que o processo não iria dar em nada, saí de lá com Termo de Identidade e Residência e o processo seguiu para o Ministério Público'.
Com julgamento marcado para dia 15 e sem se poder ausentar mais de 5 dias sem ter de informar o juiz, Cláudia Sousa teme agora de ter de pagar uma multa pesada.

'Se temos algo que não nos pertence na nossa posse e não o devolvemos, é considerado furto. Se for condenada, vou tentar optar por trabalho comunitário ou pagar faseadamente', acrescentou, lamentando os prejuízos de uma condenação em tribunal. 'Estando desempregada, com cadastro de furto não me safo'.

Para o futuro, garante que aprendeu uma lição: 'Sinto-me injustiçada. Para a próxima, tenho muita pena, mas não volto a ajudar'.
«CM»
 
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