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Novo museu de São Paulo é um passeio interativo pela ciência

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Novo museu de São Paulo é um passeio interativo pela ciência

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Até os mais centrados ficariam no mundo da lua. O som das estrelas, a luz do sol e a vista de frente para Terra podem dar a idéia de uma viagem interplanetária. Tudo isso pode ser conferido no Universo, uma das seções que guardam as 250 atrações e 8 mil metros quadrados do Catavento Cultural e Educacional, no Palácio das Indústrias em São Paulo.

O museu, recém inaugurado, é dedicado à ciência e tecnologia, e faz a imaginação dos visitantes transitar por núcleos como Universo, Vida, Engenho e Sociedade.

Apesar de direcionado para crianças e adolescentes, é um passeio para toda a família.

A seção Universo é uma das preferidas pelo público. Lá as pessoas podem conferir a pegada do primeiro astronauta que pisou na Lua, a carta do céu, ouvir estrelas nascendo e morrendo e ver binóculos com fotos do telescópio Hubble, entre outras arações. "Meu xodó é o meteorito que veio do espaço real. As crianças podem passar a mão", conta o curador Sérgio Freitas sobre o meteorito que caiu há 6 mil anos na Argentina.

A estudante Andréia Mina Ribeiro, de 32 anos e o filho Flávio, de 10, se encantaram com a réplica do sol. "Aproveitei meu dia de folga para fazer um passeio educativo com meu filho", disse.

O espaço, como prefere chamar Sérgio Freitas, teve investimento de R$ 20 milhões e apoio do Governo de São Paulo e Secretarias de Estado da Cultura e Educação. "Museu dá conotação de antigo, guardado, e aqui não é isso". Sérgio garante que a exposição não deixa a desejar quando comparada a locais semelhantes no exterior. "Pode tirar isso daqui e colocar em Paris que vai ficar bem", contou. Segundo ele, o trabalho foi concretizado com ajuda de cenógrafos brasileiros e especialistas do instituto de astronomia da USP e da Faculdade de Medicina. "Minha inspiração veio de outros cataventos pelo mundo", completou.

O núcleo Sociedade possui salas de ecologia, que tratam do problema de extinção de animais, aquecimento global e até um virtual em terceira dimensão pela cidade do Rio de Janeiro.

No salão azul, as crianças podem ter contato com a história. E no espaço chamado Jogos do Poder, elas fazem uma escalada até o Monte dos Sábios, onde conhecem Napoleão Bonaparte, Cristóvão Colombo e outras personagens importantes da história.

Na Arte que Revela a História, podem pintar um quadro com pincel de infravermelho que, aos poucos, revela obras de Cândido Portinari.

A ala Vida, traz informações e imagens do corpo humano, aves do Brasil, biodiversidade e o mundo microscópico. Este espaço exibe diversas vitrines como a de borboletas da Amazônia.

A professora Universitária Ana Paula Guaresche, 34 anos, acompanhou seus dois filhos, Luis Felipe, 11 anos, e Marcus Vinicius, 4 anos, na descoberta do museu. "A sala dos planetas foi muito abstrato para meu filho pequeno. A preferida dele foi a da Vida, pois os bichos chamaram sua atenção já que ele reconhece os animais", disse Ana Paula. Já seu filho mais velho optou pelo universo. "Adorei as estrelas. Isso vai me ajudar na escola", contou Luis Felipe.

No setor Engenho, são observadas noções de mecânica e eletromagnetismo, óptica e luz. O Gerador de Van de Graaff se destaca entre as atrações do módulo. O estudante Fu Zewei, de 14 anos, se divertiu e aprendeu na seção Engenho e ficou de cabelo em pé no gerador de Van Graaff. "Gostei mais da parte de engenho porque você aprende como as coisas funcionam. Quero ser matemático", disse.

Outras salas se destacam por suas peculiaridades. O Álcool, tabagismo e as Drogas são tratados em uma das salas de uma maneira leve e moderna para o público adolescente.

Na sala de prevenção à gravidez, os jovens a partir de 13 anos, brincam de um jogo no qual devem fazer escolhas o tempo todo. Painéis eletrônicos os separam como se estivessem em um labirinto e simulam festas. No final, se não tomarem as decisões mais sensatas podem ficar grávidos, ganhando uma bexiga, ou então contrair DST, ganhando uma marquinha na mão.

Na sala de nanotecnologia jogos simulam laboratórios. Na brincadeira Cura da célula, o aluno deve descobrir o medicamento correto e integrá-lo. Os estudantes podem produzir uma Linha de montagem, fazer limpeza de superfícies e ver as experiências de vulcão químico.

O Catavento levou um ano meio para ser realizado. O Palácio das Indústrias, antiga prefeitura da cidade de São Paulo, foi escolhido por ser um prédio belo, imponente e estar sem utilidade. "O museu é fixo. Espero que eterno", comentou o curador que calcula receber uma média de mil alunos pro dia no espaço.


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